Resenha | Ímpetos e Alguns Lapsos – Daniel Pala Abeche

Capa do livro Ímpetos e alguns lapsos de Daniel Pala Abeche da editora Giostri.

Ímpetos e Alguns Lapsos é uma leitura obrigatória para todo mundo que ama poesia ou para aqueles que já se questionaram o porquê.

Recentemente recebi meu primeiro recebido da minha carreira na internet. Um livro de poemas de um professor do curso de Publicidade e Propaganda da PUCPR. Fica aí o merchan duplo, para o autor Daniel Pala Abeche e para a instituição onde estudo atualmente.

Portanto decidi fazer essa texto, como uma forma de agradecimento ao professor e para ver se incentivo outras marcas a enviar livros no futuro.

O título do livro é “Ímpetos e Alguns Lapsos” e não poderia ser outro. O nome cai como uma luva, uma vez que o livro é estruturado em seções impetuosas, onde os versos impulsivos nos atingem com a violência e beleza que só a poesia e um soco na boca do estômago conseguem.  Esses versos são alternados com poemas intitulados lapsos, pois ocorrem como um respiro dentro do livro que prepara o leitor para os próximo ímpetos.

Primeira Seção

O livro é dividido em três seções. A primeira trata-se de poemas sobre a condição humana, que reflete questões do ser enquanto indivíduo de uma perspectiva muito única. Como é o caso do poema “Falsidade”, cujos iniciais já dão o tom da crítica ácida e pertinente.

“Sorrir sem estímulo é um exercício degradante
Não dói o músculo
Mas corrói a alma.”

Segunda Seção

A segunda seção contem poemas sobre a condição social, com poemas acerca das nossas relações enquanto sociedade. No meu ponto de vista essa seção contem os poemas mais “fortes”, como “Fake News” e “Criança Valente”. Por fim temos a última seção, com poemas que refletem o próprio oficio do poeta.

Tudo isso é costurado com lapsos, poemas que servem como um respiro. Mas, mais do que isso, talvez busquem enxergar beleza no caos da nossa condição enquanto humanos socais.

Porém, já fiquem avisados, não se trata de um livro de poemas românticos. Portanto não espere versos de amor. O autor nos provoca sobre nossa condição enquanto seres humanos, com versos muitas vezes ácidos, sem, contudo, cair num cinismo pessimista.

 “Ímpetos são versos vácuos muitas vezes, são pré-poemas, poemas crus, poemas punks, como uma música rápida de três acordes”.

Poderia escrever mais um monte de palavras aqui, porém seriam repetições ou raciocínios rasos. Até porque quem me conhece sabe que eu não sou tão apreciador assim de poesia, portanto não possuo muita propriedade para tecer uma crítica literária propriamente a esse livro.

Então vou assumir meu papel de leigo e falar a outros leigos. Se você como eu não tem um diploma de letras, ou tampouco possui vasta experiência lendo poesia, fique tranquilo. Esse livro também é para você.

Eu não sou nenhum especialista em poesia, mas aproveitei a viagem. Refleti sobre costumes e tradições já tão recorrentes que são aceitos como verdades absolutas incontestáveis. Afinal, eu acredito que é justamente esse o papel da poesia, nos tirar do conforto do senso comum, e nos obrigar a enxegar a vida por outro ângulo. E é nessas que você entende que o outro ângulo é mais bonito e autêntico.

Enfim, como eu já disse, não sou um crítico e nem tenho a pretensão de ser. Só queria compartilhar com vocês essa pira que eu tirei lendo o livro. E agradecer de alguma forma por tê-lo recebido.

Ficou interessado? Você pode adquiri-lo no site da Editora Giostri. Vale a pena, e você ainda incentiva a cultura nacional.