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Resenha Crítica – Swamp Thing: “Worlds Apart”

É isso mesmo que você leu no título desse post. Esse artigo será uma Resenha Crítica do segundo episódio de Swamp Thing: “Worlds Apart”.

Monstro do Pântano mal começou e já foi cancelada, o que nos deixou profundamente irritados, porém a série continua a ser exibida semanalmente pelo DC Universe. E nós faremos as resenhas de toda a primeira, e única, temporada.

Então, sem mais delongas confira a Resenha Crítica do segundo episódio de Swamp Thing: “Worlds Apart”.

Episódio 2 de Swamp Thing: “Worlds Apart”

O episódio começa onde o piloto nos deixou. Seguindo a transformação de Alec Holland, no Monstro do Pântano e a investigação de Abby Arcane sobre o suposto acidente de Holland.

Seguimos então uma investigação sobre o acidente, quando vemos um policial ser morto violentamente por dois criminosos que despejavam o produto que Alec investigava no pântano. O gancho na cara do policial é a metáfora perfeita para o tom da série que não tem medo de ser violenta e cruel, como uma adaptação de Swamp Thing deve ser.

Em seguida descobrimos que a paciente zero, Susie Coyle (atriz convidada Elle Graham) sumiu de seu leito de hospital e foi em direção ao pântano, onde ela acredita que irá encontrar Alec, que precisa de sua ajuda. Porém ela se esconde justamente no barco onde o policial foi morto a sangue frio, e agora é testemunha de um assassinato, portanto deve fugir por sua vida.

É o que ela faz, no entanto o criminoso avista a menina fugindo e corre atrás dela. A garotinha corre pelo pântano em direção a um abrigo abandonada, mas é seguida de perto pelo bandido. Quando ela está encurralada e não há mais esperança, aparece o grotesco Monstro do Pântano em toda sua glória musguenta e num rápido embate dilacera o assassino.

É a primeira vez que vemos a criatura verde completa em tela, e podemos dizer que a caracterização está incrível. A junção de efeitos visuais e práticos foi uma boa sacada da produção que consegue passar o ar grotesco do monstrengo de maneira crível e verosímil.

Tramas Secundárias

Temos nesse episódio também o desenvolvimento de tramas secundárias,que são vistas apenas em momentos chaves, contudo não são menos bem trabalhadas. Como é o caso de Maria Sunderland, que volta a cair num quadro depressivo, por lembrar da precoce morte de sua filha, Shauna. Fato que a leva ao encontro de Madame Xanadu, que tem um péssimo presságio de algo terrível em Marais.

Outra trama desenvolvida no episódio é a relação de Matt Cable e Abby Arcane. É visível a tensão entre os dois, o que claramente é mais forte no lado do detetive. Contudo, a mãe de Cable, que também é a Xerife da cidade, não aprova muito essa relação. Teremos uma dose de romance também na série.

Outro fator que pode complicar as coisas na cidadezinha da Louisiana é a chegada do Doutor Jason Woodrue, a mando do magnata Avery Sunderland. Woodrue é o responsável pelo acelerador que Alec Holland investigava e que está causando tantos estragos nos pântanos. Quem conhece os quadrinhos sabe que Jason é o cientista que mais tarde se transforma no Homem Flônico, vilão que já deu muita dor de cabeça para o Monstro do Pântano.

Aspectos Técnicos

Obviamente por ser uma série de um serviço de streaming que está começando, os efeitos não são os melhores já vistos. Entretanto, são convincentes e mostram que a produção não teve medo de investir para criar algo memorável.

Além dos efeitos visuais do monstro em si e do pântano, que corriqueiramente ganha vida, toda a ambientação e fotografia da série nos convencem de que estamos nos pântanos da Louisiana e que as criaturas que estamos vendo na série são reais.

O que gera um senso de terror muito grande. A todo o momento a série nos passa um ar de urgência, como se a cada cena algo terrível pudesse acontecer. E, por mais que exista essa tensão, quando algo terrível acontece, pode crer que você não estará preparado.

A cena da luta do bandido com a criatura no abrigo é digna dos clássicos do slasher.

As atuações são muito boas também. Vale o destaque novamente para os antagonistas principais, Avery e Maria Sunderland (Will Patton e Virgina Madsen), que conseguem passar toda a imponência de vilões clássicos. Madame Xanadu, que vimos apenas de relance no pilot, também se mostra um personagem marcante, transmitindo toda a tensão de filmes de terror que envolvem misticismo, mérito da atriz Jeryl Prescott.

Trama

O roteiro segue se distanciando das HQs, contudo dentro da proposta da série as mudanças fazem sentido.

A história principal é bem amarrada, e as tramas paralelas são bem construídas. Nenhum personagem é raso e todas as relações são significativas, não só para a construção dos personagens individuais, mas para a série como um todo.

Falando em personagens, a série consegue a cada episódio tornar o próprio pântano um personagem, quase como se fosse um criatura viva. Seria isso a introdução do Verde, entidade responsável pelo mundo vegetal dentra da Mitologia da DC? Só o tempo dirá.

Veredito

O episódio não tem um ou outro momento realmente marcante, mas se destaca pelo conjunto da obra. Em alguns momentos brincando com o horror gráfico, outras horas flertando com o thriller de terror, porém sempre se mantendo fiel ao bom e velho terror.

Com isso o episódio consegue ser coerente e imersivo. Sem falar que ver o Monstro do Pântano em ação é fenomenal. Portanto é um bom episódio.

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