Ela chegou! Temos mais uma resenha crítica fresquinha no nosso site. E a resenha da vez é do terceiro episódio de Swamp Thing: “He Speaks“.
O terceiro episódio de Swamp Thing é intitulado “He Speaks” (Ele fala em tradução literal), e traz ainda mais carga dramática para a série. O cancelamento é uma pena, pois ela tinha muito potencial. Mas isso são divagações vamos à resenha.
Mundo Podre?
Após o cotidiano reacp dos episódios anteriores vemos uma breve cena de Alec Holland aind em sua forma humana sem entender o que está acontecendo até ser atacado pelo bandido que esquartejou no episódio anterior. Esse bandido será muito importante nesse episódio para estabelecer alguns conceitos, ou pelo menos começar a estabelecer. Então corta para o Monstro do Pântano observando o bandido ou o que sobrou dele ser atacado por insetos ou coisas parecidas.
Na sequência do episódio vemos o mesmo carinha que foi devorado (ou algo assim) pelos bichinhos caminhando “normalmente”, no estilo zumbi mesmo. Ele chega a atacar Abby Arcane enquanto ela investiga o abrigo de Holland. Enquanto a criatura ataca a cientista o Monstro do Pântano surge no momento exato como um bom deus ex-machina e salva a moça.
Aqui cabe ressaltar duas coisas, os efeitos estão bem acimas da média, tanto da criatura do pântano quanto do morto-vivo. Claro que a iluminação escura favorece, mas dá pra ver que o estúdio não teve medo de investir em CGI. Outro ponto interessante é o que esse bandido ressuscitado significa para o futuro da série. Seria um indício da Podridão (leia a Saga Mundo Podre para mais detalhes) chegando em Maris? Ou será alguma outra força mística? Teria ligação com as visões de Madame Xanadu e Maria Sunderland? só o tempo nos dirá.
Conclave
Outra referência vinda diretamente dos quadrinhos é o Conclave. Em uma bela noite o contador de Avery Sunderland aparece na casa do magnata enquanto ele desfruta de um delicioso jantar com sua esposa, acontecimento que não deixa Avery nem um pouco feliz. Acontece que o contador está sendo presionado pelo imprensa, com imprensa eu quero dizer a única jornalista da série (e quiçá da cidade), Liz Tremayne, amiga de Abby.
Os dois homens discutem ferrenhamente. É quando descobrimos que o poderoso Sunderland está com problemas financeiros e é por isso que aposta todas as fichas no acelerador do Dr. Jason Woodrue. Porém, Gordon, o contador, bate o pé e diz que não consegue mais encobrir as ilicitudes de seu empregador e chega a ameaçar expor tudo o que sabe sobre Sunderland e sua ligação com o Conclave.
Para quem não sabe, Conclave é uma organização que surgiu nas primeiras páginas dos quadrinhos do Monstro do Pântano e é responsável pelo acidente que transformou Alec na criatura musguenta que é. Como isso será adaptado para esse universo é questão de esperar para ver.
É claro que Avery não deixa barato e assassina o pobre coitado a sangue frio no final do episódio. Mas é interessante descobrir um pouco mais sobre a situação do antagonista e perceber que sua situação não é tão favorável quanto achávamos.
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Problemas no paraíso
Ainda falando nos Sunderland, outro ponto crítico que o roteiro coloca para a dupla de antagonistas é o problema conjugal. Maria foi visitar Xanadu e começou a ver o fantasma de sua filha morta, mas não é só isso. O fantasma não é nada camarada e fica colocando minhoquinhas na cabeça da mãe.
A coisa chega a tal ponto que Maria tem uma pequena grande DR com Avery e diz que vai parar de dar o dinheiro de sua família para o marido gastar em “delírios de grandeza.” Ouch! Parece que o casamento perfeito era só fachada, e, ao que o episódio deu a entender, quem domina a grana é a Senhora Sunderland.
Aqui mais uma vez cabe dar os parabéns à Virginia Madsen e Will Patton, que conseguem passar toda a essência de bons vilões dos quadrinhos ao mesmo tempo em que humanizam seus personagens.
Encontros e Desencontros
Algumas tramas secundárias também foram desenvolvidas nesse episódio. O Dr. Jason Woodrue começa a ajudar Abby a encontrar uma cura para o “gripe verde”. A dinâmica dos dois é interessante, e Kevin Durand consegue dar ao cientista um ar meio doido meio doentio, seria legal ver sua transformação em Homem Florônico, mas acho que não vai rolar.
Outra trama desenvolvida é a investigação acerca do acidente de Alec Holland. Em uma cena curta a namorada de Liz investiga o local do acidente e descobre destroços do barco em que Holland estava, a moça nota que os destroços contem marcas de tiros, o que é um tanto estranho em explosões de barco.
Por fim, vale comentar o triângulo amoroso formado por Abby, Matt Cable e Mosntro do Pântano, que trio estranho não? Alec já possuía sentimentos por Abby antes de se transformar no monstro, o que não mudou após sua transformação. Porém Matt também nutre algo especial pela doutora, algo que sua mãe, A xerife, reprova veemente.
E esse triângulo é confuso para os próprios personagens, especialmente a Dr Arcane, que se vê no meio de tudo isso, nutrindo um carinho por Matt, mas sempre mostrando que não pode corresponder aos sentimentos do rapaz, e tendo uma quedinha por Alec, mesmo sem poder levar isso a cabo, uma vez que ela é humana e ele é, bem ele é o que ele é. O ápice desse empasse se dá no final do episódio quando Matt tira Aby para dançar no bar dos Tremayne e o monstro fica lá fora só observando com os cotovelos doendo.
Veredito
O episódio pode parecer corrido em alguns momentos, fruto talvez da interferência da Warner, que reduziu a temporada de treze para dez episódio. Contudo se sustenta no conjunto na obra e mantém o tom de terror e horror gráfica da série, que lembra os bons e velhos slashers.
No geral “He Speaks” é um episódio bom de Swamp Thing, que mantém o nível da série acima do patamar, que já estava alto graças as outras produções do DC Universe, a saber Titãs e Patrulha do Destino.