Recentemente James Gunn confirmou a equipe criativa por trás da série dos Lanternas Verdes. Então, descubra quais obras conferir para conhecer o trabalho dos roteiristas de Lanterns?
O novo CEO da DC Studios, James Gunn, usou seu Instagram para revelar os nomes dos principais roteiristas responsáveis pela série dos Lanternas Verdes. A série, que até o momento se chama Lanterns (Lanternas em tradução literal), vai contar com nomes de peso de Hollywood.
Mas antes de mais nada, confira a publicação abaixo.
Sim, é verdade. A série Lanternas do DCU está juntando uma excelente equipe de roteiristas, baseado num incrível piloto e bíblia escritos por Chris Mundy, Tom King e Damon Lindelof. Uma calorosa boas-vindas para Chris e Damon Lindelof, que se juntam a família DC Studios (não necessariamente para o velho Tom King, que está aqui quase desde o início).
Os roteiristas de Lanterns anunciados por James Gunn são: Damon Lindelof e Chris Mundy, que se juntam a Tom King, que inclusive já participa da equipe criativa do filme da Supergirl, longa baseado em um quadrinho escrito por ele. E se esses nomes não te deixam empolgados, você precisa rever seus conceitos.
Pois, ambos já produziram obras que se tornaram seminais na Cultura Pop. Além disso, eles não são estranhos às adaptações de quadrinhos, o que é coroado com a presença do veterano das HQs. Mas, você pode não se convencer com as minhas palavras.
Portanto, nesse post você confere uma lista nada pequena de produções que você precisa conferir para conhecer o trabalho dos roteiristas de Lanterns e já entrar na hype.
Damon Lindelof
Damon Lindelof nasceu em 24 de abril de 1973 em Teaneck, Nova Jersey, EUA. Ele é produtor e roteirista já com certa bagagem na sua carreira. Além disso, é mais conhecido por ser roteirista e criador de algumas das mais famosas séries dos últimos tempos, tais como Lost, The Leftovers e Watchmen. Portanto, é uma ótima adesão ao Universo DC comandado por James Gunn.
Mas, caso você não conheça o trabalho de Lindelof, confira abaixo as principais produções se sua carreira, para conhecer mais sobre um dos roteiristas de Lanterns.
Lost
Lost foi sem sombras de dúvidas um dos maiores fenômenos televisivos do início dos anos 2000. Desde sua estreia a série bateu recordes de público e os mistérios intrincados da trama criaram uma legião de fãs. Muito do sucesso da série foi atribuído a J. J. Abrams, um dos criadores da série, contudo Abrams não criou a série sozinho. Ele teve ajuda de Jeffrey Lieber e de Damon Lindelof, ambos também serviram de showrruners e roteirista para a série.
O sucesso de Lost foi tão grande que a série acumulou em 6 temporadas um total de 176 indicações aos mais variados prêmios, faturando mais de 50 prêmios. Entre eles vários Emmy e Globos de Ouro. Mas, como nem tudo são flores nessa vida, o sucesso fez com que a ABC, emissora que distribuía a série originalmente, quis estender ao máximo a duração do programa.
Com isso, as temporadas finais, como é de praxe, foram perdendo qualidade e a temporada final dividiu os fãs. Deixando alguns muito pistolas, como foi o caso do próprio James Gunn no passado. Independente disso, é interessante ter Lindelof como um dos roteiristas de Lanterns.
Sinopse: Os sobreviventes de um acidente de avião precisam trabalhar juntos para sobreviver em uma ilha tropical aparentemente deserta. Liderados pelo médico Jack Shephard (Matthew Fox) e pelo misterioso John Locke (Terry O’Quinn), eles irão descobrir que o local esconde perigosos segredos. Com o passar do tempo, o passado dos sobreviventes vem à tona.
The Leftovers
Após encerrar sua parceria com J. J. Abrams em Lost, Lindelof foi contratado pela HBO para comanda a série The Leftovers ao lado de Tom Perrotta. A primeira temporada é baseada no romance homônimo de Tom Perrotta, lançado em 2011, enquanto que as outras duas temporadas são histórias originais da série.
A sua estreia ocorreu simultaneamente nos EUA e no Brasil no dia 29 de junho de 2014 pela própria HBO. A obra prontamente caiu no gosto do público, se tornando uma das mais aclamadas de todos os tempos, graças a atuações tocantes e ao trabalho incrível do roteiro. O último episódio foi ao ar em 04 de junho de 2017.
Além disso, segundo o Wikipedia, o agregador de críticas Metacritic classificou The Leftovers como a melhor série da década de 2010, e, em 2021, um estudo da BBC Culture classificou-a como a sétima melhor série do século XXI.
Sinopse: Três anos depois do desaparecimento de 2% da população global, um grupo duma pequena cidade de Nova Iorque tenta continuar com suas vidas depois da tragédia. Kevin Garvey (Justin Theroux), o novo chefe de polícia, deseja seguir em frente e levar um sentimento de esperança para seus vizinhos traumatizados, mesmo enquanto sua própria família se desintegra.
Watchmen
Quando falamos em Damon Lindelof não tem como ignorar Watchmen, uma das obras primas de sua carreira. Além disso, a série de 2019 é uma das melhores produções baseadas em quadrinhos de todos os tempos.
A Warner queria desenvolver uma série baseada na icônica graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons desde o lançamento do filme de 2009, dirigido por Zack Snyder. A princípio o estúdio queria o envolvimento do próprio Snyder no projeto. Mas graças aos deuses as negociações não avançaram.
Com isso, a ideia foi engavetada até que em 2017 Lindelof foi contratado para escrever e produzir a série. O roteirista disse à época que sua ideia era fazer um “remix” da história em quadrinhos de Moore e Gibbons. Ele afirmou essa ideia em uma carta aberta para os fãs postada em sua conta no Instagram.
Em 2018, a HBO deu sinal verde para a produção da minissérie, que estreou oficialmente em 20 de outubro de 2019 e contou com 09 episódios. A série rapidamente se tornou um fenômeno mundial e foi muito bem recebida pela crítica, graças aos roteiros muito bem escritos e as temáticas políticas extremamente atuais abordadas na trama. Além disso, a série tem outro mérito que é o de irritar nerdola que se diz “fã” do quadrinho original, mas não entendeu uma palavra escrita por Alan Moore.
Sinopse: Em Watchmen, a detetive Angela Abar (Regina King) usa a identidade secreta de Sister Night para investigar um antigo grupo de supremacistas brancos, mais conhecido como a Sétima Kavalaria. A seita, inspirada no diário do justiceiro Rorschach, trava uma guerra violenta contra minorias raciais e contra os policiais que tentam defendê-las. Angela precisa, então, se esconder atrás de uma máscara para proteger a si mesma e impedir que mais pessoas sejam vítimas dos ataques racistas.
Ultimate Wolverine vs Hulk
Engana-se quem acha que o único contato de Damon Lindelof com o mundo dos quadrinhos seja a minissérie Watchmen, de 2019. Isso porque muito antes de produzir a obra inspirada na graphic novel da DC, Lindelof já havia escrito sua própria revista em quadrinhos. Mas, pela Marvel Comics.
Em 2005 o roteirista se uniu ao desenhista Leinil Francis Yu e ao colorista Dave McCaig para criar a minissérie em quadrinhos, Ultimate Wolverine vs Hulk. A ideia era ser uma publicação bimestral em seis edições, mas, devido a problemas de agenda, Lindelof não conseguiu concluir os roteiros. Com isso, após apenas duas edições, a série foi entrou em hiato, até o roteirista conseguir finalizar todos os roteiros. A revista só retornou em 2009, ano em que as últimas quatro edições foram finalmente lançadas.
A história se passa no universo alternativo conhecido como Ultimate e, além dos personagens títulos, outros grandes personagens da Casa das Ideias aparecem nas edições. Como Nick Furry, She-Hulk, Homem de Ferro e Capitão América.
Sinopse: Bruce Banner está morto, ou é o que todos acreditam. Mas, quando rumores começam dizendo que uma criatura não identificada está causando grandes estragos por todo o globo, Nick Fury começa a ficar preocupado. Com isso, Fury se volta para o único homem que pode confiar para deter tal criatura: Wolverine. A S.H.I.E.L.D então convoca o mutante com garras de Adamantium para rastrear e deter esse inimigo.
Star Trek e Além da Escuridão: Star Trek
Não é só de DC e Marvel que vive a carreira de Damon Lindelof, o produtor e roteirista também já atuou na franquia Star Trek.
Lindelof produziu o filme de 2009 que serviu como um reboot para a franquia de James Kirk e Spok, interpretados no longa por Chris Pine e Zachary Quinto, respectivamente. Além disso, ele co-escreveu o roteiro da continuação, Além da Escuridão: Star Trek. Ambos dirigidos por J. J. Abrams, que retomou a pareceria com Lindelof.
Podem não ser as produções mais bem quistas da franquia, ou os pontos mais altos das carreiras de Abrams e Lindelof, mas sem dúvidas são indispensáveis para entender o trabalho de um dos roteiristas de Lanterns. Afinal, são filmes de ficção científica espacial. Ou seja, tudo a ver com a Tropa dos Lanternas Verdes, mesmo que sejam conceitos distintos.
A Caçada
Falando em produções mais recentes da carreira de Damon Lindelof, temos o filme lançado em 2020, A Caçada. O filme é um terror/suspense que acaba caindo um pouco no thriller. Lindelof assina os roteiros ao lado de Nick Cuse e a direção fica por conta de Craig Zobel.
É uma produção da Blumhouse Productions, então os fãs de terror já sabem o que esperar. Além disso, o filme foi distribuído pela Universal Pictures. O filme é consistente, apesar das críticas mistas, mas o grande problema que impactou a recepção do filme foi sua data de estreia, março de 2020, bem no meio da pandemia.
De novo, pode não ser uma das melhores obras da carreira de Lindelof, mas é até que legaliznha. Porém, é interessante ver como o roteirista trabalha elementos de suspense e thriller. Uma vez que o próprio James Gunn já descreveu a série Lanterns como um True Detective dos Lanternas Verdes.
Sinopse: Doze estranhos acordam, mas não sabem onde estão ou como chegaram lá. Eles não sabem que foram escolhidos, para um propósito muito específico: A Caçada.
A Senhora Davis
Por fim, a mais recente produção (até o momento) da carreira de Damon Lindelof é A Senhora Davis, uma uma série limitada de televisão americana de comédia dramática de ficção científica.
Lindelof produz a série ao lado de Tara Hernandez, para a Peacock, serviço de streaming da NBCUniversal. Como o streaming não está disponível no Brasil, a série e distribuída por aqui pela Max e Prime Video.
A série estreou em março de 2023 e já vem agradando ao público e crítica, apesar de não ser tão popular assim. Além disso, é interessante notar como Lindelof trabalha a investigação nesse série. Mesmo que seja um tom completamente diferente, com certeza esses elementos também estarão presentes em Lanterns.
Sinopse: Em um futuro não tão distante, o planeta está gradualmente sendo dominado por uma poderosa inteligência artificial conhecida como Senhora Davis. Para evitar um futuro apocalíptico, a igreja toma frente do caso e inicia uma batalha épica de proporções bíblicas entre fé e tecnologia, e no centro da história está Simone (Betty Gilpin), uma freira com habilidades excepcionais e a única capaz de dar fim a essa nova era. Com a ajuda de seu estranho ex-namorado Wiley (Jake McDorman), que pessoalmente tem assuntos para tratar com o algoritmo, eles embarcam em uma jornada cheia de confusões e grandes perigos.
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Chris Mundy
Chris Mundy passou 11 anos como escritor sênior e editor colaborador da revista Rolling Stone antes de fazer a transição para a televisão. Em 1999 ele foi contratado como um dos roteiristas da série Chicago Hope, desde então ele vem aumentando seu currículo com produções de peso.
Ele escreveu para programas como Criminal Minds, Hell on Wheels e Bloodline. Além disso, criou e produziu Criminal Minds: Suspect Behavior, para a AMC. Atualmente, Mundy é showrunner da série original Netflix “Ozark”, estrelada por Jason Bateman e Laura Linney.
Ou seja, não é à toa que ele foi escolhido por James Gunn para ser um dos roteiristas de Lanterns. Afinal, como você verá a seguir, seu currículo profissional fala por si só.
Criminal Minds
Apesar de ter começado sua carreira como escritor de revista, o grande salto na carreira de Chris Mundy se deu na virada do milênio. Como já dito anteriormente, Mundy foi contratado para a equipe de roteiristas Chicago Hope em 1999, mas foi em Criminal Minds que ele começou a fazer um nome para si.
Mundy serviu como produtor desde a primeira temporada da série e roteirizou ao todo 14 episódios ao longo de cinco temporadas.
É um show de investigação mais na pegada caso da semana, mas mesmo assim é uma boa oportunidade para conhecer o trabalho Mundy. Uma vez que o próprio James Gunn já disse reiteradas vezes que Lanterns será uma série de investigação.
A série Criminal Minds acompanha a BAU (Unidade de Análise Comportamental), uma subdivisão do FBI com base em Quantico, na Virginia, que soluciona crimes envolvendo serial killers. Devido à natureza do trabalho, esses profissionais quase não têm tempo para manter uma vida pessoal estável e feliz.
Criminal Minds: Suspect Behavior
Devido ao grande sucesso de audiência que Criminal Minds acabou se tornando, a CBS emissora original da atração, decidiu fazer o que Hollywood sempre faz, um spin-off. E Chris Mundy foi recrutado, junto com Ed Bernero, para produzir e roteirizar a série derivada, Criminal Minds: Suspect Behavior.
É mais um programa de investigação no estilo caso da semana, contudo essa atração não se tornou tão popular quanto a série original e acabou cancelada após apenas uma temporada com treze episódios. Todos roteirizados por Mundy. Ou seja, é uma boa opção para quem quer conhecer o trabalho de um dos roteiristas de Lanterns.
Sinopse: A série acompanha uma equipe da Unidade de Análise Comportamental do FBI liderada por Samuel “Sam” Cooper (Forest Whitaker), que usa o perfil para capturar alguns dos mais horripilantes assassinos em série nas ruas de São Francisco. A equipe foi introduzida no 18º episódio da quinta temporada de Criminal Minds, antes de ganhar uma série própria.
Hell on Wheels
Após produzir e escrever séries de investigação policial episódicas, Mundy se aventurou no Velho Oeste. Isso porque ele foi contratado para escrever dois episódios para a série Hell on Wheels, ou Inferno Sobre Rodas em bom português.
O escritor assina os roteiros do quarto e do oitavo episódios da segunda temporada da série criada por Joe e Tony Gayton para a AMC. Apesar de ser um trabalho pequeno, é interessante notar a versatilidade de Mundy. Será que tal atributo será utilizado em seu novo trabalho como um dos roteiristas de Lanterns? Isso só o tempo dirá.
Sinopse: A Guerra Civil terminou, mas o ex-soldado confederado Cullen Bohannon não consegue superá-la. Frescas em sua mente estão as memórias da morte de sua esposa nas mãos de soldados da União, um ato que o coloca no caminho da vingança.
Low Winter Sun
Após alguns trabalhos menores como roteirista, Chris Mundy recebe sua grande chance com Low Winter Sun, um remake da minissérie britânica de mesmo nome.
Mundy escreveu e produziu os dez episódios da série, que foram ao ar original pela AMC. O interessante dessa atração é que tanto a obra original quanto o remake foram protagonizados pelo ator Mark Strong.
É mais uma série de investigação policial, mas essa envolve um grande mistério que perpassa toda a trama. Ou seja, muito mais próximo da pegada que James Gunn quer para a série dos Lanternas Verdes. Então, essa é uma ótima indicação para ver se Mundy está a altura do desafio de estar entre os roteiristas de Lanterns. Afinal, essa série mostra como o roteirista trabalha “sem amarras”.
Sinopse: A vida de um detetive de Detroit muda completamente quando ele mata, por vingança, um colega policial.
Bloodline
Chris Mundy continuou escrevendo vários episódios de séries, mas após seus trabalhos iniciais o grande destaque foi Bloodline, um thriller psicológico criado por Todd A. Kessler, Glenn Kessler e Daniel Zelman, e produzido pela Sony Pictures Television em parceria com a Netflix.
A primeira temporada foi muito bem recebida pelo público e pela crítica especializada, já a segunda e a terceira temporadas não se saíram tão bem assim. Até por isso a atração terminou após a estreia da terceira temporada. Apesar disso, é um bom exemplo para ver como Mundy se saíra como um dos roteiristas de Lanterns. Afinal, ele escreveu dois episódios da segunda temporada da série, além de ter produzido toda a segunda temporada.
Sinopse: Bloodline conta a história de uma família de quatro irmãos adultos que mora em Florida Keys. Embora muito unidos, os segredos e as cicatrizes que eles guardam serão revelados quando o quinto irmão, a “ovelha problemática da família”, retorna para casa.
Ozark
Sem dúvidas o grande sucesso atual da carreira de Chris Mundy é Ozark, que estreou na Netflix em julho de 2017. A série de drama criminal criada por Bill Dubuque e Mark Williams. é conhecida por seu tom sombrio, narrativa tensa e personagens complexos. A série recebeu aclamação da crítica e várias indicações a prêmios, destacando-se como uma das séries mais impactantes da Netflix.
Mundy é o showrunner, produtor executivo e roteirista principal da atração. Seu papel na série é crucial para sua direção criativa e sucesso. Mundy também é responsável por desenvolver arcos de personagens complexos e manter o tom tenso e envolvente que caracteriza Ozark.
Sinopse: a série segue a história de Marty Byrde (Jason Bateman), um consultor financeiro que se muda com sua família para a região dos lagos Ozarks, no Missouri, para lavar dinheiro para um cartel de drogas mexicano.
True Detctive – Temporada 4
Após o grande sucesso com Ozark, Mundy foi chamado para produzir a quarta temporada do grande sucesso da HBO, True Detective. Além disso, ele escreveu os episódios quatro e cinco da mesma temporada.
A quarta temporada da série traz uma nova onda de mistério e intriga, mantendo a essência que tornou a série um sucesso. A colaboração de Mundy com os criadores originais garante uma continuidade na qualidade, enquanto infunde uma nova perspectiva criativa, essencial para revitalizar a série após uma terceira temporada bem recebida, mas menos impactante que a primeira.
O trabalho de Chris Mundy não apenas reforça seu talento para liderar séries de drama, mas também serve como um precursor intrigante para seu papel como um dos roteiristas da série Lanterns. A habilidade de Mundy em manejar o suspense e o drama promete fazer de “Lanterns” uma adição memorável ao universo da DC.
Sinopse: Na gelada e isolada paisagem do Alasca, os detetives Liz Danvers e Evangeline Navarro investigam o misterioso desaparecimento de seis homens de uma estação de pesquisa, mergulhando em um enigma sombrio sob o sol da meia-noite.
Tom King
Tom King é um renomado roteirista de quadrinhos conhecido por suas narrativas profundas e emocionalmente complexas. Com uma carreira destacada na DC Comics, King ganhou reconhecimento por seu trabalho em séries aclamadas como “Batman“, “Senhor Milagre” e “Visão“. Graça a sua habilidade em explorar as nuances dos personagens e suas motivações internas, King se tornou uma figura respeitada na indústria dos quadrinhos.
Tanto é que James Gunn o escolheu para compor o time de roteiristas de Lanterns. Não só isso, como muito antes desse anúncio oficial, King já estava envolvido com o novo DCU de Gunn. Afinal, o filme da Supergirl será uma adaptação da minissérie Woman of Tommorrow, do próprio Tom King. Além disso, ele serve de consultor para outras histórias do novo universo compartilhado que James Gunn e Peter Safran estão criando.
A escolha de King pode refletir o desejo de Gunn de criar um universo DC mais sofisticado e envolvente, com histórias que não apenas entretêm, mas também provocam reflexão e conexão emocional. Então, confira alguma das HQs indispensáveis para conhecer o trabalho de um dos roteiristas de Lanterns.
A Once Crowded Sky (2012)
Tom King começou sua carreira estagiando para a DC e Marvel, onde foi assistente do escritor Chris Claremont da revista X-Men. Então sua carreira dá uma guinada inusitada e ele vai trabalhar para departamento de operações contraterrorismo da CIA.
Mas é em 2012 que ele entra de fato para o ramo do entretenimento. Afinal, nesse mesmo ano, após o nascimento do seu primeiro filho, King lança seu primeiro livro “A Once Crowded Sky“. Trata-se de um romance que mistura elementos de super-heróis com literatura tradicional.
O hibrido entre literatura clássica e quadrinhos, conta com páginas ilustradas por Tom Fowler e foi publicado em 10 de julho de 2012 pela Touchstone, um selo da Simon & Schuster, recebendo no geral críticas positivas.
É uma publicação bem diferente, mas que já mostra como desde o início Tom King adorava trabalhar com herói. Uma boa credencial para ele se tornar um dos roteiristas de Lanterns.
Sinopse: “A Once Crowded Sky” é um romance que segue os heróis de Arcadia City, que sacrificaram seus poderes para salvar o mundo de uma entidade chamada The Blue. Agora sem poderes, eles devem enfrentar perigos e viver em um mundo sem heróis. A narrativa combina o estilo dos quadrinhos com a ficção literária moderna.
Grayson (2014)
Após o sucesso com seu romance de estreia, a DC convidou Tom King para co-escrever, ao lado de Tim Seeley, a revista Grayson de 2014, como parte do reboot editorial Novos 52.
A revista segue Dick Grayson, que após os eventos do mega crossover Vilania Eterna é dado como morto. O herói então abandona o manto de Asa Noturna e se torna o Agente 37, um espião da Spyral. King forneceu autenticidade adicional por causa do seu tempo na CIA.
A trama transforma Dick num agente secreto à lá James Bond, o que é bem legal. Além disso, traz um gostinho de como King consegue trabalhar tramas complexas de investigação e mistério. O que pode mostrar que o escritor tem gabarito para ser um dos roteiristas de Lanterns.
Sinopse: “Grayson” segue Dick Grayson, anteriormente conhecido como Robin e Asa Noturna, que assume uma nova identidade como agente secreto da Spyral. Trabalhando sob disfarce, ele combate ameaças globais enquanto lida com desafios morais e a complexidade de manter sua verdadeira identidade oculta. A série explora sua transição de herói vigilante para espião, trazendo uma nova perspectiva ao personagem icônico.
Ômega Men (2015)
Após se provar como quadrinista, a DC convocou Tom King para um novo desafio. Reapresentar os Ômega Men (uma espécie de Guardiões da Galáxia da DC) ao mundo. A iniciativa fazia parte do selo DC You, um esforço editorial para atrair um público mais jovem para os quadrinhos.
A série durou 12 edições, todas escritas por King e desenhadas pelo artista estreante Barnaby Bagendas. A história acompanha um grupo de rebeldes, liderados pelo pelo Lanterna Branco Kyle Rayner, na luta contra um império galáctico opressor. Pegou a vibe meio Star Wars?
Ou seja, além de lidar bem com mistérios e investigação, King também já trabalhou com o lado cósmico da DC e com a mitologia dos Lanternas Verdes. Boas qualificações para um dos roteiristas da série Lanterns.
Sinopse: A série limitada de quadrinhos segue um grupo de rebeldes conhecidos como os Ômega Men, lutando contra um império tirânico chamado Cidadela no sistema Vega. Após a suposta morte do Lanterna Verde Kyle Rayner, que se junta à sua causa, os Omega Men travam uma guerra desesperada por liberdade, utilizando táticas de guerrilha e enfrentando dilemas morais profundos.
O Xerife da Babilônia (2015)
Na San Diego Comic-Con de 2015, a Vertigo revelou um novo projeto “escrito por King com arte de Mitch Gerads batizado de “The Sheriff of Baghdad“, inicialmente uma minissérie em 8 edições inspirada no tempo em que King passou no Iraque.
Mas, antes do lançamento a revista mudou de nome para O Xerife da Babilônia (The Sheriff of Babylon no original) e se tornou uma série regular. É uma história de crime e mistério situada em Bagdá pós-invasão. A série foi muito bem recebida e ajudou a consolidar ainda mais o nome de Tom King nos quadrinhos.
Sinopse: A trama segue Christopher Henry, um ex-policial americano que agora treina uma nova força policial iraquiana. Após o assassinato de um de seus recrutas, Chris se vê envolvido em uma teia de intriga e corrupção. Ele se junta a Nassir, um policial iraquiano endurecido, e Sofia, uma ex-insurgente com conexões poderosas, para investigar o crime.
Robin War (2015)
Como parte das celebrações dos 75 anos do Robin em 2015, a DC anunciou “Robin War” (“Guerra dos Robins“), um arco crossover durante cinco semanas envolvendo as revistas Grayson, Detective Comics, Robin: Son of Batman e We Are Robin. Tom King foi o orquestrador do enredo do crossover e escritor de duas edições especiais (“one-shots”), para abrir e fechar série.
A trama revela que a Corte das Corujas está por trás da Lei Robin, usando a lei como uma maneira de enfraquecer os Robins e expandir seu poder. “Robin War” foi bem recebido por sua ação intensa, desenvolvimento de personagens e por reunir várias gerações de Robins em uma narrativa coesa e emocionante.
Sinopse: A cidade de Gotham aprova a Lei Robin, proibindo qualquer atividade relacionada aos Robins, após um incidente violento envolvendo um dos jovens Robins da iniciativa “We Are Robin.” Isso leva a uma repressão policial severa contra qualquer pessoa usando o símbolo de Robin. A partir daí, todos os Robins conhecidos—Dick Grayson (o primeiro Robin, agora Agente 37 da Spyral), Jason Todd (o segundo Robin, agora Capuz Vermelho), Tim Drake (o terceiro Robin, agora Red Robin), Damian Wayne (o atual Robin) e os jovens recrutas do movimento “We Are Robin“—devem unir forças para enfrentar essa nova ameaça.
Visão (2015)
Nem só de DC vive a carreira de Tom King. Em 2015, como parte da All-New, All-Different da Marvel Comics, King voltou à Casa das Ideias. Dessa vez como escritor da revista “The Vision” (Visão), uma nova série regular do personagem e sua nova família, ao lado do artista Gabriel Hernández Walta, cores por Jordie Bellaire e capas de Mike Del Mundo. Esta série inovadora e profundamente introspectiva oferece uma nova perspectiva sobre o personagem Vision, explorando temas de humanidade, identidade e moralidade.
A visão inovadora de Tom King para o personagem conquistou crítica e fãs. A série ganhou vários prêmios, incluindo o Prêmio Eisner (Oscar dos quadrinhos), e é considerada uma das melhores histórias em quadrinhos da Marvel da década. A abordagem de King redefiniu o personagem e mostrou o potencial dos quadrinhos de super-heróis para abordar questões profundas e complexas de maneira madura e sofisticada.
Sinopse: O androide membro dos Vingadores, decide construir uma vida “normal” para si mesmo. Ele cria uma família sintética: sua esposa Virginia e seus filhos gêmeos, Viv e Vin, e se muda para um subúrbio de Washington, D.C. Vision trabalha como consultor na Casa Branca, enquanto tenta integrar sua família na sociedade humana.
Batman (2016)
Em 2016, com a iniciativa Renascimento, Tom King substituiu Scott Snyder nos roteiros da revista mensal do Batman. Essa fase é amplamente reconhecida pela abordagem introspectiva e inovadora.
King explorou aspectos profundos da psique de Bruce Wayne, abordando temas como a solidão, a vulnerabilidade e a busca incessante por significado. Essa fase é muito famosa especialmente pelos arcos “Eu sou Gotham“, “Eu sou Suicida“, e “Eu sou Bane“, que destacaram a complexidade emocional do Cavaleiro das Trevas.
Outro ponto altos da fase de King foi o relacionamento entre Batman e Mulher-Gato, que culminou no controverso arco “Batman/Catwoman“. A proposta de casamento e a subsequente jornada emocional de Bruce e Selina Kyle trouxe uma nova dimensão ao herói, humanizando-o de maneiras inéditas.
Liga da Justiça: Guerra Darkside – Lanterna Verde (2016)
Tom King também escreveu uma edição especial de Lanterna Verde como parte do mega crossover envolvendo a Liga da Justiça, “Darkseid War“. A história intitulada “Will You Be My God?” tem artes de Evan Shaner.
James Whitbrook do site io9 elogiou como “uma das melhores” do Lanterna Verde. Ou seja, Tom King é ou não é uma excelente escolha para o time de roteiristas de Lanterns?
Sinopse: Com a Tropa dos Lanternas Verdes ameaçada por um estranho evento de nível de extinção em Oa, apenas Hal Jordan e John Stewart permanecem para salvar a Corporação – e a si mesmos – de se juntarem ao exército de Darkseid para sempre!
Senhor Milagre (2017)
Em 2017, após assinar um contrato de exclusividade com a DC, Tom King e Mitch Gerards começaram a minissérie do Senhor Milagre, personagem criado por Jack Kirby em 1971 como parte do universo do Quarto Mundo e dos Novos Deuses.
A HQ começou a sair em agosto e contou com 12 edições. A edições fizeram tanto sucesso que as edições se esgotaram e editora teve que reimprimir mais de uma vez. Em entrevista, em janeiro de 2018, Dan DiDio, editor da DC Comics, afirmou que a ideia para Mister Miracle (um dos quadrinhos mais elogiados de 2017) surgiu durante uma conversa de bar durante a madrugada.
Sinopse: A história começa com Scott Free, o maior escapista do universo, tentando escapar da morte em uma série de eventos aparentemente impossíveis. No entanto, após sua “fuga final”, Scott começa a questionar a realidade ao seu redor. Ele experimenta episódios de desconexão, paranoia e confusão sobre o que é real e o que não é. Enquanto lida com essas questões, Scott continua suas atividades como o super-herói Senhor Milagre e também como marido de Big Barda, outra guerreira dos Novos Deuses.
Heróis em Crise (2018)
Após vários sucessos seguidos Tom King finalmente teve uma obra contestada. Trata-se de Heróis em Crise, uma minissérie de histórias em quadrinhos americanas em nove edições, escrita por King e desenhada por Clay Mann.
A trama se passa em um novo centro de reabilitação chamado Santuário, criado por Superman, Mulher-Maravilha e Batman, onde super-heróis podem receber ajuda para lidar com o estresse e os traumas de suas vidas. No entanto, um evento trágico ocorre no Santuário, resultando na morte de vários super-heróis e deixando outros profundamente afetados. De acordo com King, a ideia para Heroes in Crisis foi concebida em 2016 depois que ele sofreu um ataque de pânico e foi parar no hospital, e sua avó (que o criou) morreu no mesmo dia.
A série buscou trazer uma perspectiva mais humana e realista aos super-heróis, mostrando suas vulnerabilidades emocionais além de suas habilidades sobre-humanas. Entretanto, a abordagem de Tom King em “Heróis em Crise” foi controversa entre os fãs e críticos, principalmente devido à maneira como lidou com a representação da saúde mental dos personagens e à polêmica em torno da mortalidade de alguns heróis importantes.
Ou seja, nem só de altos vivem as carreiras dos roteiristas de Lanterns. Como vimos há também muitos baixos.
Supergirl: Mulher do Amanhã (2021 – 2022)
Após um período controverso, Tom King voltou pras cabeças, com Supergirl: Mulher do Amanhã, em 2022. A minissérie em oito edições acompanha Kara Zor-El em uma aventura espacial ao lado do cãozinho Krypto.
É uma versão bem única da personagem, que ao mesmo tempo expande a mitologia espacial da DC, com muita ação e aventura. A HQ é considerada uma das melhores coisas escritas por Tom King. Além disso, a arte da brilhante Bilquis Evely só torna tudo melhor. Tanto é que Supergirl: Mulher do Amanhã foi indicada ao prêmio Eisner de “Melhor Série Limitada” de 2022.
Sinopse: Kara Zor-El passou por muitas aventuras épicas ao longo dos anos, mas hoje acredita estar sem propósito. Aonde quer que vá, as pessoas só a veem como prima do Superman. Até que tudo muda, quando uma garota alienígena a procura para uma missão de vingança contra os vilões que exterminaram seu planeta. Agora, uma kryptoniana, um cachorro e uma criança com o coração partido partem para o espaço em uma jornada que mudará suas vidas para sempre.
E aí? Agora que você conhece o trabalho dos roteiristas de Lanterns entrou na hype para a série dos Lanternas Verdes? Quais produções você já conhecia e quais ainda não conhecia? Quais obras mais te empolgaram? Deixe sua opinião nos comentários.