A Origem é um filme bem famoso. Mas e se eu te disser que existe um A Origem antes de A Origem. E não é só por “Ilha do Medo” também ter o DiCaprio.
A Origem
A Origem é um filme de 2012, do diretor Christopher Nolan, que conta a história de Cobb (Leonardo DiCaprio), um ladrão especialista em invadir os sonhos das pessoas e roubas segredos de seus subconscientes. Porém, ele recebe uma missão especial e tida como impossível: plantar uma ideia na mente de um empresário.
O filme aborda questões psicológicas profundas acerca do consciente e inconsciente, da realidade e dos sonhos. Os discípulos de Freud entram em êxtase com esse filme.
Brincadeiras a parte, o longa consegue estabelecer tão bem essas questões sobre a mente humana. Enquanto debate de maneira um tanto filosófica sobre como a realidade é formada. Afinal, o que é real? Como concebemos a realidade? O que distingue os sonhos da realidade? Como saber se o que estamos experimentando não é apenas um sonhos?
Contudo outro filme, também de 2010, e curiosamente também com Leonardo DiCaprio, que aborda a psique humana é o longa Ilha do Medo.
Ilha do Medo
O filme de Martin Scorsese retrata a história do detetive Teddy Daniels (DiCaprio) e seu parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo) investigando a fuga de uma assassina de um hospital psiquiátrico. É uma viagem instigantes e intrigantes por lugares obscuros da mente humana, que a todo momento deixa a audiência questionando o que é real e o que não é.
Porém enquanto A Origem aposta na explicação e no detalhamento de cada plot para criar a tensão, traços característicos do diretor Christopher Nolan, a Ilha do Medo, procura deixar algumas pontas soltas durante o desenrolar da trama que só serão explicados no final do filme.
Eu assisti primeiro A Origem, depois Ilha do Medo. Acreditava que o segundo era uma versão mais sombria do primeiro. Como se Shutter Island fosse um Inception antes de Inception.
Claro que não dá pra afirmar isso, uma vez que ambos foram lançados quase que simultaneamente, no mesmo ano. Mas que ambos bebem da mesma fonte é evidente, porém cada um se propõe a mostrar um lado desse debate.
Ambos são bem sucedidos na execução de suas propostas. Particularmente prefiro o filme de Scorsese, não só pelo diretor, mas porque a tensão criada ao longo da trama funciona melhor e torna o plot twit do terceiro ato ainda mais chocante.