Expressionismo Alemão | Cinco curiosidades sobre esse movimento vanguardista

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Você sabe o que foi o Expressionismo Alemão? Provavelmente você estudou esse movimento vanguardista na escola. Mas que tal conhecer um pouco mais. Então continue lendo e confira cinco curiosidades sobre o Expressionismo Alemão.

Expressionismo Alemão

O expressionismo alemão foi um movimento vanguardista surgido na Alemanha no período entre guerras. Pode parecer datado ou antiquado, mas muitos filmes desse movimento resistem até hoje como grandes obras primas da sétima arte. Isso sem falar na influência que essas produções tiveram nas mais diversas artes nos anos seguintes.

Cinco curiosidades sobre o Expressionismo Alemão

Nós já falamos um pouco sobre o Expressionismo Alemão nesse texto. Portanto, agora vamos falar sobre algumas curiosidades que talvez você não são saiba sobre esse movimento.

1. Começou com a pintura

Quadro O Grito de Edvard Munch. Obra expressionista

O movimento que ficou conhecido como expressionismo alemão, buscava justamente uma arte vanguardista para ser a cara do povo alemão no seu tempo. Alguns historiadores afirmam que o próprio termo expressionismo foi cunhado para ser um contraponto ao impressionismo francês.

O movimento começou nas artes plásticas, principalmente nas pinturas, com artistas como Franz Marc, Ernst Ludwig Kirchner e Edvard Munch, autor do mais famoso quadro do movimento, O Grito.

2. Pintura nas telonas

Cena de O Gabinete do Dr Caligari, de 1922, do diretro RObert Wiene. Obra clássica do expressionismo alemão.

Esse ponto tem tudo a ver com o anterior. Afinal, o movimento que se iniciou na pintura logo inspirou diretores e produtores que o transportaram para suas produções cinematográficas.

O maior exemplo sem dúvidas é “O Gabinete do Dr Caligari”, de 1920, dirigido por Robert Wiene. Wiene trabalhou ao lado de Walter Reimann e Walter Röhrig para criar sets fantásticos e uma aura de pesadelo para seu filme. Quase como se uma pintura expressionista ganhasse vida nas telonas.

O filme se tornou um clássico da sétima arte e exemplo paradigmático do expressionismo alemão.

3. Sucesso comercial

Cena de Metropolis de 1922 de Fritz Lang. Obra clássica do Expressionismo Alemão.

Por mais que tenha o status de arte, o movimento também foi um sucesso comercial. Levantando já naquela época o debate sobre cinema: arte e entretenimento, que falamos no InduTalk.

No início do século XX a economia alemã encontrava-se muito fragilizada, devido a derrota do país na Primeira Guerra Mundial. Portanto num esforço para reerguer a economia nacional, governo e iniciativa privada se uniram, formando a Universum Film AG (UFA). Produtora da grande maioria de filmes expressionistas, que alcançou tanto sucesso a ponto de negociar a exportação de seu filme para salas de cinema de toda a Europa e até para os Estados Unidos.

4. Nosferatu, um Drácula sem Drácula

Cena do filme Nosferatu de 1922, do diretor F W Murnau.
Obra clássica do expressionismo alemão.

Não podemos falar de expressionismo sem citar o filme Nosferatu de 1922, do diretor F.W. Murnau. No início dos anos 20 o cineasta queria produzir uma adaptação da obra Bram Stoker, Drácula, levando o vampiro-mor para as telonas. O que o levou a disputar os direitos do livro.

Mas, Murnau não conseguiu os direitos de adaptação da obra, porém isso não o impediu. Então, o realizador adaptou livremente a história e até mudou o nome do protagonista de Drácula para Nosferatu, na esperança de se livrar de problemas legais. No entanto isso não aconteceu e após o lançamento do filme a viúva do escritor irlandês processou Murnau e o estúdios, exigindo a destruição completa de todas as cópias do filme.

O que por sorte não aconteceu. O mais engraçado é que a viúva de Stoker ganhou o processo, mas não recebeu um tostão, visto que anos depois a UFA declararia falência após o início da Segunda Guerra Mundial.

5. Hitchocok acompanhou os trabalhos de perto

Foto do diretor Alfred Hitchcock

Falando em Murnau, outro mestre da sétima arte foi inspirados pelo cineasta. Estamos falando de Alfred Hitchcock, ou seja, o pai dos filmes de suspense.

Em 1924 Hitchock, então com 25 anos, trabalhou nos estúdios da UFA como diretor de produção para o filme anglo alemão “The Blackguard”. Foi quando conheceu o trabalho de F.W. Murnau. Nos intervalos de gravação Hitchcock dava um pulinho no estúdio ao lado para acompanhar de perto o trabalho de Murnau em “Der Letzte Mann” (A última gargalhada).

Esse encontro foi crucial para o diretor e impactou em toda a sua filmografia posterior. Mas se você segue a gente no Instagram, no @indutalks, você já sabia disso.

6. Engolido por Hollywood

Arte unindo os diversos protagonistas do Universo Compartilhado de Monstros da Universal,.

Não demoraria muito para o sucesso comercial do expressionismo atrair a atenção de Hollywood, afinal o próprio Hitchcock levou as características do movimento para o Novo Mundo.

Logo após o início dos anos 30 o estilo visual e muitas características do expressionismo alemão foram utilizadas no Universo Compartilhado de Monstros da Universal, com vários cineastas e realizadores alemães sendo contratados para trabalhar nessas produções.

Não obstante, o movimento ainda serviu de inspiração para a criação do cinema de terror e dos filmes noir. Além disso, muitos cineastas utilizam alguns de seus elementos até hoje. Como é o caso de Tim Burton, com suas produções fantásticas, como Beetlejuice, Edward Mão de Tesoura e A Noiva Cadáver.

E aí curtiu nossas cinco curiosidades sobre o Expressionismo Alemão? Então deixa nos comentários qual a sua favorita.