Aqueles que conhecem o filme No (2012) sabem que vem coisa boa por aí. Para aqueles que não conhecem, garantimos que é uma grata supresa!
Fala, galera da interwebs! Estamos começando mais um quadro legal no nosso site. Trata-se do Geografia da Sétima Arte, isto é, uma série de artigos onde vamos mostrar grandes produções cinematográficas de diferentes países, provando que não é apenas Hollywood que sabe fazer filmes.
O intuito dessa série é provar que o mundo é enorme e cheio de possibilidades, além de descolonizar o nosso senso crítico com relação ao cinema. Para tanto contamos com a grande colaboração do nosso parceiro Eliakim Junior, do Takes de Cinéfilo, que manja tudo de cinema e vai nos guiar nessa viagem pela sétima arte mundial.
E nada melhor para começar bem do que falarmos sobre o cinema latino-americano, portanto vamos tratar aqui de um filme chileno. Confira o primeiro post abaixo.
NO (2012)
PAÍS: Chile
FILME REPRESENTANTE: NO
FICHA TÉCNICA
Ano: 2012.
Direção: Pablo Larraín.
Elenco: Gael García Bernal, Antonia Zegers, Alfredo Castro.
SINOPSE: A história se passa durante o começo do fim da ditadura do general Augusto Pinochet. No ano de 1988, por pressão internacional, Pinochet estabelece um plebiscito para decidir se ele permanece, ou não, no poder. Portanto, durante quase um mês, a TV exibiria 15 minutos de campanha publicitária para os dois lados. O Sí, que apostava na continuação do indigesto ditador no poder, e o No, que significava a saída do general e o fim da ditadura que já durava 15 anos.
MINHAS IMPRESSÕES
Além de ser uma ode aos publicitários, NO retrata de maneira fiel um grande momento da história chilena, pois capta de forma fidedigna o sentimento de paranoia que afligia a população anti-Pinochet. Tal realismo se justifica por um dos principais trunfos da película, o estilo de filmagem. O longa foi filmado com fitas magnéticas de baixa resolução, ou seja, o mesmo formato usado nas televisões chilenas no período. A escolha por esse estilo é óbvia. Larraín queria mesclar as imagens de arquivos originais das campanhas com as do filme, a fim de fazer o espectador viajar no tempo. Apesar do tema – política/ditadura – parecer carregado, não é uma obra densa, as cenas de gravação das campanhas divertem, mas há tensão nos momentos em que se pede; o filme encanta ainda pelas imagens com luz propositadamente estouradas e a direção de arte caprichada.
DEVE AGRADAR A: Quem gosta de filmes de cunho histórico e político e fãs da série Mad Men, pois aqui também se mostra o trabalho de criação de publicitários.
ONDE ASSISTIR: Telecine.
Mas diz aí, curtiu o post? Então fica esperto que toda a quinta vai ter um post novo, mostrando um filme de um lugar diferente do globo. Enquanto isso já marca os amiguinhos cinéfilos e aproveita para seguir o Takes de Cinéfilo para mais dicas sensacionais.