Flapjack a animação que mudou tudo para as animações

Flapjack a animação que mudou tudo

Existem produções boas e existem aquelas que entram para a história. Conheça, portanto, a história de Flapjack a animação que mudou tudo para as animações.

Na primeira metade dos anos 2010, um fenômeno tomou conta das animações mais voltadas ao público infanto-juvenil. Fenômeno esse que eu chamo de animações de camadas, pois elas escondem mais coisas do que o que a superfície permite observar.

Claro que esse cenário é fruto de animações nonsense e “drogadas” dos anos 90 e início dos anos 2000. Com séries como Coragem, o cão covarde; O Laboratório de Dexter; Du, Dudu e Edu; As Meninas Superpoderosas e tantas outras.

Flapjack a animação que mudou tudo

Mas, esse fenômeno talvez surgiu com um desenho chamado “As Trapalhadas de Flapjack” (The Marvelous Misadventures of Flapjack). Não só por esse desenho já apresentar uma linguagem visual diferentona, característica dessas animações de camadas, mas também por trazer conceitos “escondidos” na trama.

A série é uma criação do cartunista norte-americano Thurop Van e estreou na Cartoon Network em junho de 2008. Além disso, contou com apenas 91 episódios de 11 minutos cada, e três temporadas. Mas, infelizmente o canal decidiu cancelar a animação em agosto de 2010.

“As aventuras desse pequeno marinheiro de voz fina que mora e viaja dentro de uma baleia falante é carregado de temas voltados para o público adulto, escondidos embaixo de algumas camadas de interpretação que, à primeira vista, podem parecer infantis e inocentes, mas ficam progressivamente mais sombrias conforme avança a idade de quem assiste.”

Revista Rolling Stones.

Outros desenhos com camadas

Além disso, Flapjack foi uma espécie de incubadora criativa. Foi no desenho de Thurop Van que as maiores mentes criativas dessa leva de animações trabalharam. Como é o caso de Pendleton Ward, que trabalhou como roteirista e artista de storyboard em As Trapalhadas de Flapjack e após o cancelamento da série criou “Hora de Aventura”.

Além de J. G. Quintel, diretor criativo em Flapjack e criador de “Apenas um Show”. E Alex Hirsch, que trabalhou como escritor e artista de storyboard de Flapjack, e criou “Gravity Falls” para o Disney Channel, uma das animações mais injustiçadas dessa leva.

Ou seja, Flapjack ajudou a deslanchar as animações com “camadas”, não apenas desenvolvendo uma trama que pode ser apreendida por diversos níveis de consciência, dependendo da audiência, mas também por servir de incubadora criatava para muitas séries. Algumas delas, como as citadas acima, chegaram a superar a popularidade da “mãe”, se tornando verdadeiros fenômenos da cultura pop.