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03 SÉRIES DE HERÓIS PARA ASSISTIR EM 2020

2020 vem com tudo no ramo dos filmes e série baseados em quadrinhos. Portanto, confira 03 séries de Heróis para assistir nesse ano.

Super herói é um personagem fictício com poderes e habilidades sobre humanas dedicado ao interesse comum e a fazer o bem, correto? Errado!

O fãs de quadrinhos já estão acostumados com anti heróis e equipes que, no mínimo, tornam as linhas entre bem e mal mais difusas. E as produções audiovisuais estão começando a abraçar esse lado dos quadrinhos, mostrando personagens que não são perfeitos e super equipes disfuncionais.

Por isso eu queria indicar 03 séries de super heróis nada convencionais com a segunda temporada chegando ainda esse ano. Vamos lá, então.

Está por ordem de estreia, viu? Não em classificação de qualidade, nem nada do tipo. Até porque cada uma tem uma pegada e todas são muito boas à sua maneira.

1. DOOM PATROL

Começando com uma que já estreou sua segunda temporada. Estou falando de Patrulha do Destino, a equipe de heróis relutantes, que só atuam em casos bizarros demais para os heróis comuns.

São tipo os X-Men da DC. Há quem diga inclusive que os mutantes foram inspirados pela Patrulha, isso porque ambas as equipes são estranhas, desajustadas, enfim, heróis por falta de opção. E os integrantes são acolhidos por um cadeirante idoso que mora numa mansão. Além disso, ambas surgiram no mesmo ano, a equipe da DC em junho e a da Marvel em novembro.

Patrulha do Destino foi criada por  por Arnold Drake, Bob Haney e Bruno Premiani, tendo sua primeira aparição nas páginas de My Greatest Adventure #80 em junho de 1963. Mas, foi nas mãos de Grant Morrison que a equipe viveu seus maiores dias de glória surreal, nos fatídicos anos 90. E é justamente nessa fase que a série se baseia.

Na série a equipe é formada por Rita Farr, a Mulher Elástica, Larry Trainor, o Homem Negativo, Ciborgue (isso mesmo de Liga da Justiça e Jovens Titãs). E dois dos meus personagens favoritos, Crazy Jane, uma garota com 64 personalidades, cada um com um super poder, e Cliff Steele, o Homem-Robô. E é claro, o Chefe, Niles Caulder, responsável por acolher a equipe e conduzir os experimentos responsáveis por controlar os poderes de cada membro. Contudo, não se enganem, ele não é tão bonzinho quanto aparenta ser.

Esqueça Arrow, The Flash e companhia. Afinal, essa não é a clássica série de herói e se orgulha disso. Pois, esse fato dá aos criadores e roteiristas uma liberdade para fugir do lugar comum. Portanto espere muita bizarrice, coisas como Ruas Não-Binárias Sencientes, ou uma barata antropomorfizada com tendências messiânicas, são coisas corriqueiras. Entretanto, não é bizarro pelo bizarro. Tudo tem um propósito e é muito bem conectado a trama.

Além disso, outro fator a ser levado em conta são as atuações, todas muito boas e fiéis aos personagens. Destaque para Diane Guerrero que vive Crazy Jane e consegue dar vida a cada um de suas personalidades, bem como para Brendan Fraser, que dá voz ao Homem-Robô e transmite toda a carga emocional do personagem apenas com a voz. Sem falar no maravilhoso Alan Tudyk, o carismático Sr. Ninguém. O ator captou exatamente a essência do vilão dos quadrinhos, uma figura insana que mistura o vilanismo clássico com toques de humor e nonsense.

A série foi lançada em 2019 pelo serviço de streaming DC Universe (não disponível no Brasil) e teve sua segunda temporada lançada no dia 25 de junho pela HBO Max, outra plataforma de streaming da Warner.

https://www.youtube.com/watch?v=TusmSgYoDhQ

2. THE UMBRELLA ACADEMY.

Agora uma que não é nem Marvel, nem DC. The Umbrella Academy é baseada nos quadrinhos escritos por Gerard Way, sim o vocalista de My Chemical Romance, e  ilustrados por Gabriel Bá. A HQ foi publicada originalmente pela Dark Horse em 2007.

O enredo é um tanto quanto peculiar. Na história, em 1989, 47 mulheres ao redor do mundo que não estavam grávidas dão à luz no mesmo instante. Isso chama a atenção do velho milionário Sir Reginald Hargreeves ,conhecido como Monóculo, que consegue adotar sete dessas crianças nascidas em circunstâncias tão bizarras. Acontece que as crianças têm super poderes, bem quase todas, e então Hargreeves as treina para se tornarem uma equipe de super heróis. O que, obviamente, as deixa mentalmente instáveis e com traumas psicológicos que vão levar para o resto de suas vidas. Traumas esses responsáveis por fazer com que eles se separem quando mais velhos.

Mas 17 anos depois, com a morte de seu pai adotivo, os irmãos se reúnem novamente para velar o falecido e dividir a herança. Contudo, o que eles não esperavam é que o irmão desaparecido deles (que eles julgavam estar morto) reaparecesse, trazendo consigo a notícia do apocalipse.

A série lançada em 2019 pela Netflix é muito diferente das séries da Marvel do serviço de streaming e, talvez por isso, seja de longe uma das melhores do catálogo. Tratando de temas adultos e complexos como família, drogas e amor. Até conceitos sci fi como viagem no tempo e super poderes. A série é meio pé no chão, meio viajada. E o equilíbrio entre essas duas coisas é complicado, talvez por isso a série derrape um pouco.

Mas quando você suspende a descrença e se envolve na história e com os personagens a viagem é muito louca. Os efeitos técnicos e a fotografia são incríveis. Ah, e tem um macaco falante também!

A primeira temporada está disponível na íntegra na Netflix e a segunda chega ao catálogo no dia 31 de julho.

3. THE BOYS

Por último, mas não menos importante, para fechar nossa lista a série mais controversa da nossa lista de 03 séries de heróis para 2020, The Boys. A série da Amazon Prime Video é baseada nos quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson, publicados originalmente entre 2006 e 2012, primeiro pela Wildstorm (linha editorial da DC), que achou a série muito pesada e passou então os direitos para a Dynamite finalizar as publicações.

Isso mesmo os quadrinhos são tão brutais que a DC desistiu de publicar. Justamente porque a história faz uma sátira aos heróis convencionais da editora.

Na série o mundo real é habitado por essas criaturas quase que divinas, tendo como principais representantes os Sete, ou seja, uma versão bizarra da Liga da Justiça.

Tem o Homelander, líder da equipe e paródia sádica do Superman, a Rainha Maeve, claramente a Mulher Maravilha, o Black Noir, o Batman dos Setes. O Profundo, uma sátira ao Aquaman; Starlight (ou Centelha) é única que não tem contraparte na Liga da Justiça.  Ela vem para substituir o “aposentado” Lamparina. O Trem-A é uma paródia do Flash. E o Translúcido, personagem original da série da Amazon. Nos quadrinhos seu posto é ocupado por Jack de Júpiter, uma versão bizarra do Caçador de Marte, só que de Júpiter, óbvio.

Esses supers não são tão heróicos, sendo na verdade experimentos da empresa Vought, que vende ao público a imagem perfeita apenas para ganhar com os royalties de filmes, brinquedos e demais licenciáveis. É tipo a Disney do mal, ou seja, a Disney.

O problema é que esses encapuzados sabem da extensão de seus poderes e usam isso em vantagem próprias, sem se importam muito com as consequências de suas ações ou as vidas perdidas no processo.

Como detê-los então? Simples, com uma equipe de pessoas dispostas a cruzar todos os limites para colocar os supers em seu devido lugar. E é justamente aí que entram os Rapazes, ou The Boys no original, que dão título a série.

O time é comando por Billy Açougueiro, um cara sádico que adora sentar a porrada em super heróis. Além disso, a equipe ainda conta com Filinho da Mamãe, o Francês, a Mulher (essa personagem é sinistra!) e o recém-chegado Hughie Mijão. Juntos eles formam uma força tarefa que precisa caçar os super heróis corruptos e evitar que um banho de sangue aconteça, nem que pra isso seja preciso que um banho de sangue aconteça.

A série conta com a produção de Evan Goldberg e Seth Rogen (que tem até uma pontinha na série), que já trabalharam na série Preacher da Fox. E passa certinho o clima das HQs, uma crítica sádica dos heróis consagrados, tendo muito sangue, explosões e vísceras. Além de uma críticas as próprias corporações, governo americano e as mega igrejas populares nos EUA e no Brasil também. Ou seja, no fundo a série está se perguntando: “será que se existisse alguém como Superman ou Mulher Maravilha no mundo real essa pessoa seria esse ideal de justiça?” E a resposta é: “Nem f*@#ndo!”

Espere ver muito sangue e vísceras, palavrões, um pouco de sexo bizarro, eu já disse muito sangue e vísceras? Enfim, essa série é para maiores e com razão. Logo após os primeiro minutos de série você vai entender o que eu estou falando.

Mas o creme de la creme são as atuações, principalmente de Antony Starr, o Homelander e Karl Urban, o Açougueiro. Que fazem você odiar profundamente seus personagens e desejar que eles se matem das piores formas possíveis.

A série estreou na Amazon Prime Video em 2019 e a segunda temporada deve chegar a plataforma no dia 04 de setembro, com um formato um pouco diferente. Os três primeiros episódios estreiam juntos e os demais semanalmente.

E aí, curtiu nossa listinha de 03 séries de heróis para assistir em 2020? Já assistiu alguma dessas séries? Vai dar uma chance para alguma ou sentiu falta de outra? Não deixe de comentar, afinal, sua opinião é sempre bem vinda.

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