É isso mesmo que você leu! A série de super heróis mais sádica é também a mais curtida. Afinal, The Boys é mais popular que todas as séries da Marvel na Netflix.
The Boys é a série de super-herói mais hardcore de todos os tempos. Baseada na polêmica HQ de Garth Ennis e Darick Robertson, a série não tem medo de abordar assuntos pesados de maneira crua e por vezes irônicas.
Após a estreia ficou evidente sua popularidade, tanto que aqui no site o nosso Quem é quem em The Boys são dois dos artigos mais populares. E como se isso não fosse o bastante, a série alcançou outro índice importante, o de popularidade, superando inclusive outra gigante do streaming mundial.
The Boys vs Marvel
De acordo com uma pesquisa da Parrot Analytics para o site gringo Screen Rant, The Boys atingiu um pico maior de audiência na estreia e conseguiu se manter em destaque por mais tempo do que as séries de heróis da Marvel na Netflix, a saber Demolidor, Jessisca Jones, Luke Cage e Punho de Ferro. Ou seja, The Boys é mais popular que todas as séries da Marvel na Netflix.
A pesquisa comparou os dados referentes a primeira temporada das séries, o que a torna quase que uma comparação um pra um, visto que tanto as produções da Netflix quanto o show da Amazon Prime Video focam em heróis urbanos e possuem classificação R-rated (equivalente a +18 no Brasil).
Mas eis a questão. É muito difícil se tornar mais popular que as séries da Marvel na Netflix? Bom vamos aos fatos.
Mudança no cenário
Quando a primeira temporada de Demolidor estreou não havia nada igual. As séries de super-heróis seguiam o formato clássico e não se arriscavam muito, quem dirá então assumir a bronca de ser +18. Portanto pode-se imaginar o alarde que foi quando a série de Matt Murdock foi lançada. E não é para menos, a produção fez jus as expectativas, com cenas de ação muito bem coreografadas, trama bem amarrada e enredo maduro e com temáticas mais adultas. Demolidor foi tida como algo experimental e elevou o nível de séries de super-herói.
Jessica Jones e Luke Cage, por sua vez, já viveram uma certa divisão de opiniões. Há quem as ame há quem as odeie. Mas não se pode negar a importância delas, não apenas para o núcleo de heróis urbanos da Netflix, mas para a história de Hollywood como um todo. Jessica Jones trata de assuntos pesados, como feminismo e violência psicológica, de maneira série e competente. Já Luke Cage foi evento por trazer o primeiro herói negro protagonista das telinhas, bem como debater sobre racismo e violência urbano. Ponto positivo foi colocá-lo no Harlem, ao invés de Hell’s Kitchen, como é nos quadrinhos.
Mas aí entramos na polêmica maior, Punho de Ferro e Defensores. Por diversos fatores essas duas produções não se saíram bem e foram massacradas por público e crítica. O que fez o cenário mudar radicalmente para a empresa. Afinal, antes tudo ia de vento em polpa, agora o barco parecia afundar.
Sem falar na aparente saturação do “gênero” super-herói, que conta com inúmeras produções nas mais diversas mídias e formatos todo ano.
Contexto de The Boys
E é nesse contexto que The Boys estreou. Numa época onde as pessoas estavam acostumadas com as produções dos mascarados combatentes do mal, algumas até já de saco cheio, a produção veio com uma crítica ferrenha a sociedade e ao próprio gênero.
Satirizando de tudo, dos clichês hollywoodianos a ideologias políticas, e abordando os temas da vida urbana sem medo de usar da violência gráfica explícita, a série logo caiu nas graças do público.
A série toma bastante liberdade com relação a obra original, a HQ de 2006, para contextuar sua história aos dias atuais da melhor maneira. Sem, contudo, nunca ter medo de abraçar a essência dos quadrinhos de Ennis e Robertson.
Então, talvez essas sejam as principais características que fazem a atração ser tão popular.