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Resenha Crítica – Vingadores: Ultimato

Esse texto é para os fãs da Marvel, pois aqui vamos fazer a nossa tão esperada Resenha Crítica de Vingadores: Ultimato.

Após 11 anos e 22 filmes, temos a conclusão de uma era no Universo Cinematográfico da Marvel. Ultimato veio com a promessa de ser uma ode a todo trabalho de construção de Universo, e de fato foi um evento cinematográfico sem precedentes, mais do que um filme de 3 horas, uma experiência audiovisual.

O Guilherme já fez aqui uma análise do longa, logo após o felizardo ter assistido a pré-estreia. Mas eu gostaria de me aprofundar um pouco mais no tema. Portanto, já fiquem avisados que terão spoilers nessa Resenha Crítica de Vingadores Ultimato.

Começa pelo fim.

Não, Endgame não usa do recurso clichêzão de começar pelo fim e usar um flashback pra explicar a trama toda, não foi isso que eu quis dizer. Ultimato começa exatamente onde Guerra Infinita nos deixou.

Os Vingadores estão fragmentados, desolados pela perda e fracos. Tony Stark está à deriva no espaço, apenas com a companhia de Nebula, conforme vimos no trailer. Mas é claro que não podia faltar um bom Deus Ex-Machina e Capitã Marvel aparece e resgata os dois, trazendo-os de volta à Terra numa cena emocionante.

Aí os Vingadores conhecem Carol Danvers e ela diz que eles só perderam para a berinjela espacial porque não tinha a ajuda da heroína, o que se prova verdadeiro, pois os heróis vão atrás do Thanos e a Capitã dá uma surra bem dada no vilão. E para complementar o Thor, que já estava pistola, arranca a cabeça do Titã Louco.

Esse começo é fenomenal e já introduz o teor que o filme terá durante suas três horas. Tem emoção quando Tony reencontra Peper e o Vingadores (“Eu perdi o garoto” ~sad~). Tem ação e porradaria, quando os heróis batem na porta no responsável pela dizimação de metade do Universo. Além disso, tem doses de humor, afinal estamos falando da Marvel. Mas acima de tudo há equilíbrio o que torna a abertura uma boa introdução.

Viagem no Tempo é muito complicado!

Mas, mesmo derrotando Thanos,  os heróis não conseguem trazer todos de volta, uma vez que o vilão destruiu as Joias do Infinito. Os Vingadores se vingaram, mas a missão falhou. Pena! Todos voltam pra casa.

Então temos um salto temporal de cinco anos, vemos como todos estão lidando com as perdas e seguindo em frente, de uma maneira ou de outra – inclusive Joe Russo, um dos diretores do longa, que aparece na cena do grupo de apoio do Capitão América.

Nesse momento entra em cena o herói que propiciou a vitória dos mocinhos, um rato de depósito. Isso porque o roedor estava passeando pela van onde Scott Lang, o Homem Formiga, estava preso dentro do reino quântico, e, por um feliz acidente, liberta o pequeno herói. Após descobrir o que aconteceu enquanto estava sumido, Scott vai até a base dos Vingadores e juntos ele bolam um plano, voltar ao passado, recuperar as joias e trazer todo mundo de volta.

Parece simple, só que não. Tem várias regras e implicações que eu não vou te aborrecer destrinchando, não é que eu não saiba, apenas não quero tornar o texto enfadonho. Pode parecer confuso, o que de fato chega a ser, mas esse não é um demérito do filme, de forma alguma. Até porque rende várias referências a cultura pop. Sem falar na originalidade como os roteiristas trataram o tema (um tanto batido diga-se de passagem) da viagem no tempo, seria mais fácil, como o Máquina de Ferro disse, voltar no tempo e matar o bebê Thanos, mas a produção se desafio um pouco a sair da zona de conforto e o resultado pode não ser brilhante, mas é muito bem feito. Ponto positivo.

Capitã Subutilizada.

Ok, o filme foi excelente, mas não foi perfeito. E, devemos ressaltar pontos negativos que pesaram. O marketing do filme vendia a personagem de Brie Larson como ponto chave para derrotar Thanos, muito graças ao sucesso do filme solo da heroína. Certo, tecnicamente ela foi fundamental na primeira vez em que a equipe derrotou o Titã. Porém é isso.

Após esse evento a personagem volta ao espaço e a vemos só mais duas vezes. A primeira numa chamada em holograma pelo Skype, onde ela se mostra um tanto arrogante, e no terceiro ato, na batalha final. Um pouco subutilizada por ser uma personagem tão forte e tão divulgada nas campanhas, cartazes e até entrevistas com o elenco.

Tudo bem que as cenas de ação em que ela está presente são de tirar o fôlego. Ela prova que bem badass mesmo. Porém particularmente acho que ela merecia mais tempo de tela.

Um mix de emoções.

Já citamos o tom do filme, mas cabe relembrar. O filme já no começo estabelece a balança de tons que terá, afinal serão vários. Há espaço para o humor, para o drama, para ação e aventura. Particularmente achei que haviam cenas de humor em horas erradas, ou talvez fosse a galera na minha sessão que ria de qualquer coisa, algumas cenas podiam ser mais curtas também.

No entanto o destaque está para a emoção e ação. Cenas dramáticas como a inicial, na qual a família de Clint morre, estão presentes em todos os momentos, afinal, como já falamos, é uma ode ao Universo em si. A ação também tem seus momentos, afinal nem nos anos 90 haviam filmes só com ação, e onde ela aparece ela é bem feita, provando que os Irmãos Russo mandam bem mesmo nesse quesito.

Veja também: InduTalk #10 – Análise do Universo Cinematográfico da Marvel

Personagens, muitos personagens.

Esse filme divide bem sua atenção, ora foca na história, ora nos personagens. Alguns são muito bem desenvolvidos e tem arcos sensacionais, como o Capitão América e o Homem de Ferro, outros nem tanto.

Alguns são descaracterizados ou mal construídos, como o Hulk (não gostei mesmo do que fizeram com o verdão nesses dois últimos filmes).

Mas devemos afirmar que nenhum personagem que sobreviveu ao estalar de dedos permaneceu igual, todos evoluíram, pro bem ou pro mal.

Contudo, algo que nos venderam como o ponto alto não foi tão bem desenvolvido. A batalha final reuniu uma penca de heróis, a maior quantia já vista junto em tela. Isso é muito legal, pois parece que estamos vendo uma mega saga da Marvel ganhar vida. Porém, em dado momento é perceptível que nem o roteiro, nem os diretores sabem o que fazer com tanto personagem. Sim, muitos deles são importantes, seja pra deter a horda de Thanos, seja pra atacar o vilão ou ajudar Scott a devolver as joias, mas alguns são escanteados, como o Doutor Esranho, que fica num canto só contendo alguma força da natureza, ou alguns personagens tão secundários que estão ali apenas pra fazer volume.

Reduções à parte, é um ponto positivo e um negativo, todo mundo sai ganhando.

Fim de uma era.

Sim, falei de novo. Porque de fato é um encerramento. E que encerramento, senhoras e senhores. Nos despedimos de personagens queridos, descobrimos possíveis novos caminhos, e nos afeiçoamos a um futuro promissor. Rimos, choramos, compartilhamos nossas emoções com todo o cinema em forma de gritos e aplausos. Não consigo pensar num final melhor para esses onze anos.

Só nos resta dizer adeus velhos amigos e obrigado Anthony e Joe Russo.

Não falei de várias coisas importantes, como a morte do Tony e a aposentadoria do Rogers, ou os Asgardianos da Galáxia, mas é que o texto já está enorme como está, portanto se você sentiu falta de algum ponto importante nesse Resenha Crítica de Vingadores Ultimato, não deixa de comentar.

Mas diz aí, curtiu nossa Resenha Crítica de Vingadores Ultimato?

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