Resenha Crítica – Game of Thrones: “The Last of the Starks”

Cada episódio nos aproxima do fim da série. E quanto mais perto do fim, mais insana a história vai ficando. Portanto, acompanhe a partir de agora a Resenha Crítica do episódio “The Last of the Starks”.

O episódio quatro, “The Last of the Starks” mostra isso, um episódio cheio de emoções, intrigas, e ação da melhor qualidade. Tudo o que um bom episódio de Game of Thrones deveria ter. E cada ação tem seu momento, as tramas são bem divididas e todas as peças para a Batalha Final são colocadas em seus devidos lugares.

Sexo, drogas e Rock and Roll

Resenha Crítica "The Last of the Starks"

O começo do episódio (“The Last of the Starks”) já mostra o mix de sensações que iremos experimentar nesse capítulo. Logo após o inicio Jon Snow lidera o velório daqueles que padeceram durante a batalha contra o Rei da Noite. Podemos então ver pela edição e pelas atuações, algumas melhores, outras nem tanto, que cada morte teve um impacto em alguém que ficou vivo.

O caso mais paradigmático é Sor Jorah, que morreu protegendo a rainha amada. O que pesou no coração de Daenerys, pois, como ela mesma confessa a Jon Snow, não pode amá-lo de volta.

Em seguida, o episódio corta para a comemoração nos salões de Winterfell, afinal os vivos continuam vivos, eles venceram batalha contra os mortos vivos. É hora de celebrar. E todos entram na dança, alguns mais, outros menos. Alguns ganham títulos e castelos, como é o caso de Gendry – o bastardo de Robert Barateon -, alguns se divertem artirando flechas, Ayra Stark – que negou um pedido de casamento do já mencionado Gendry -, e alguns bebem.

Mas sem dúvida quem aproveitou mais foi Sor Jaime Lannister, que desvirginou a agora Sor Brienne de Tarth. A cena é mais do que apenas sexo, ou forçação de um romance. É sentimental, e serve para encerrar o arco desses dois personagens, que começou a ser construído lá no começo da série. E o romance deixa ainda mais intensa a partida de Jaime para Porto Real ao final do episódio, afinal foi a primeira vez que vimos Brienne chorar na série.

Algumas despedidas

Resenha Crítica "The Last of the Starks"

Sim, esse episódio é mais uma lembrança de que a série está chegando ao fim. Como faltam apenas mais dois episódios, pode ser que não tornemos a ver alguns personagens. Outros, talvez deram só um até breve.

As despedidas mais marcantes ficam por conta de Sam e Goiva, que descobrirmos estar grávida de novo, afinal os livros de Samwell Tarly acabaram. Outro que diz tchau é Tormund. O Terror dos Gigantes, diz que vai cruzar a muralha novamente, levando o povo livre consigo. Jon pede que Fantasma, seu lobo gigante vá junto, “ele será mais feliz lá.” Essa é quem sabe a mais dolorosa despedida, uma vez que descobrimos que o lobo está gravemente ferido após a Batalha de Winterfell.

É interessante notar que todas as despedidas estão relacionadas a Jon Snow. O que isso significa? Tudo? Nada? Só os próximos episódios irão dizer.

Casos de Família

Casos de Família em Game Of Thrones

Não é só de emoção que esse episódio é feito, mas também de muitas intrigas e tramas políticas. Para quem estava sentindo falta desses elementos na última temporada, aqui eles voltam e voltam com força.

Primeiramente com a tensão entre Daenerys e Jon Snow na festa pós batalha. A loira não gosta muito do fato de toda a atenção ser voltada a Jon. E dá uma intimada nele em seu quarto, dizendo que ele não deve contar nada pra ninguém, principalmente suas irmãs.

Mas é após a reunião de estratégia para a batalha contra Cersei que o bicho pega mesmo. Ayra chega junto do Jon e diz que eles precisam conversar. Então, no bosque sagrado ele conta para as irmãs que não é o bastardo de Ned Stark. Aí circo tá armado. Nenhumas das irmãs Stark gosta da nova rainha, apesar de Ayra dizer que a respeita, e Sansa vê nessa informação uma possibilidade de destronar a loira.

Casos de família total. Isso porque Lady Sansa quer Jon no trono de ferro, e provavelmente terá o apoio do Norte, porém o próprio Jon não quer sentar na cadeira mais desconfortável dos Sete Reinos. Ele dobrou os joelhos, jurou lealdade a Danny. Contudo, parece que a sede pelo poder subiu a cabeça da khaleesi, e é cada vez mais provável que ela termine como seu ancestral, Aegon, o rei louco.

A questão dividiu até mesmo os conselheiros da moça. De um lado Tyrion, acreditando (e temendo?) em sua rainha, de outro Varys, querendo a cabeça da regente auto-proclamada, antes que ela derrame ainda mais sangue inocente. O anão contra a aranha. Quem está certo? Quem quer que seja, as implicações dessa escolha implicarão no futuro de toda Westeros.

Ah, como senti falta da trama política e das intrigas! Minha Game of Thrones tá viva!

Daenerys x Cersei: A Treta Suprema

Daenerys x Cersei: A Treta Suprema

Nada melhor para encerrar esse capítulo épico, do que uma boa ação desenfreada.

A frota de Daenerys chega as praias de Porto Real, juntamente com seus dois dragões. Porém, eles caem numa emboscada preparada por Cersei Lannister, e são cercados pela frota de Euron Greyjoy, que consegue até mesmo matar um dos dragões de khaleesi, bem como arrebentar toda sua frota de navios.

A rainha Lannister, então captura Missandei. Ela abre os portões do Castelo e abriga toda a população lá dentro, afinal se a pretensa rainha quiser incendiar a cidade, irá ceifar a vida de milhares de inocentes. Genial.

Porém a Targaryen não desanima e junto com seu exército meia boca parte na porta de Cersei, exigindo sua rendição. Então, numa disputa para ver que é mais insana a Rainha Regente manda cortar a cabeça da pobre Missandei, que parte mandando um “dracarys“. Dany, obviamente, fica pistola.

A treta está toda montada. Danny irá dar uma de Nero e incendiar Porto Real? Cersei vencerá a batalha? Jon Snow conseguirá chegar a tempo de ajudar a amada? Quem vai sentar nessa joça desse Trono de Ferro? Perguntas que só o tempo e o próximo episódio irão responder.

Veredito

É um episódio emocionante, que trabalha bem as emoções, equilibrando e distribuindo-as nos momentos certos, ao passo que as aprofunda e trabalha de maneira digna em cada cena.

A tensão é palpável do começo ao fim, cada enquadramento, cada nuance de atuação é feito de maneira a acentuar isso. A trilha também ajuda bastante para criar o clima. Além disso, as tramas e conchaves políticos estão de volta, agora que o vilão místico foi finalmente vencido.

Portanto, apesar de alguns errinhos bobos, é um episódio acima da média dessa última temporada, que está muito boa. Só espero que o encerramento seja digno dessa construção toda.

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