Sim meus amigos e minhas amigas, esse será mais um textão. E nesse vamos te contar sobre as Principais obras de Alan Moore em ordem cronológica.
Principais obras de Alan Moore por ordem cronológica
Alan Moore é sem dúvidas um dos maiores gênios da nona arte de todos os tempos. O mago inglês ajudou a revolucionar o cenário mainstream de quadrinhos e criou verdadeiras obras de artes que transpassam as décadas.
Contudo, são tantas as produções do autor que um leitor casual pode ficar perdido. E é aí que entramos. Então, se você quer ler o máximo possível de Alan Moore, preparamos essa lista das principais obras do autor em ordem cronológica.
Em tempo: seria quase impossível compilar absolutamente tudo que Moore já fez, portanto tentamos separar o máximo possível.
Mas já avisamos que vai ser um textão, portanto prepare-se. Então sem mais enrolação vamos a nossa lista de Principais obras de Alan Moore por ordem cronológica, pra esse artigo não se tornar maior ainda.
Primeiros trabalhos na Inglaterra
Marvel UK (1980 – 1984)
Seus primeiros trabalhos no mercado formal de quadrinhos se deram no braço britânico da Marvel, antes o autor havia feito pequenos trabalhos independentes. Na Marvel UK, Moore escreveu histórias para Doctor Who Magazine (com David Lloyd), Star Wars, Capitão Britânia e Night Raven.
Future Shocks (1980 – 1983)
Future Shocks eram histórias em quadrinhos de ficção científica para a antologia 2000 AD. A história foi iniciada com Steve Moore, que foi quem trouxe Alan Moore para o título e permitiu seus primeiros e reais avanços no mundo dos quadrinhos.
Marvelman (1982 – 1984)
Publicada pela revista Warrior, essa história traz Alan Moore recriando as origens do super herói inglês Marvelman, posteriormente nomeado Miracleman. Um dos melhores trabalhos do roteirista.
V de Vingança (1982 – 1984)
Vamos colocar essa história aqui, pois ela começou a ser publicada pela Warrior em 82, mas só foi finalizada em 89 pela DC. V de Vingança é uma criação de Moore e David Lloyd e conta a história do mascarado V em sua luta para derrubar um regime fascista que dominou a Inglaterra num futuro alternativo. A série é uma das melhores do autor e demonstra seus posicionamentos políticos e críticas ao regime Thatcher na Inglaterra.
The Bojeffries Saga (1983 – 1991)
A Saga Brojeffries é uma HQ cômica criada por Alan Moore e Steve Parkhouse. A história acompanha uma família disfuncional composta por vampiros, lobisomens e outras criaturas vivendo em uma moradia social em Northampton (cidade natal de Moore). Além disso, o autor já declarou que está foi uma das histórias mais pessoais que ele já fez.
A Balada De Halo Jones (1984 – 1986)
Outra publicação de 2000 AD, criação de Alan Moore e Ian Gibson. Publicada em 03 partes a história acompanha Halo Jones, uma jovem que vive no século 50, cuja maior característica é ser extraordinariamente comum.
DC/Vertigo
A Saga do Monstro do Pântano (1984 -1987)
O primeiro trabalho de Moore nos quadrinhos estadunidenses se deu nas páginas da série mensal do Monstro do Pântano, a convite do editor Len Wein, criador do personagem. Na série Moore reinventa as origens do personagem e cria uma verdadeira obra prima da nona arte. Moore começa a escrever a história na edição #20, substituindo o antigo roteirista Martin Pasko, e fica até a edição #64.
Green Arrow: Night Olympics (1985)
Em 1985 Alan Moore é convidado a escrever uma história em duas partes do Arqueiro Verde para a série Detective Comics #549–550. Em Night Olympics, o Arqueiro Verde e a Canário Negro debatem o papel dos heróis na sociedade enquanto perseguem um bandido.
Superman Annual #11: Para o Homem que tem Tudo (1985)
Não é uma história grandiosa, mas é muito boa justamente por sua premissa inusitada: o que dar de presente ao Superman? Debatendo a origem e ambições do Homem de Aço, essa história é pessoal e emotiva, servindo de inspiração para um dos melhores episódios da animação Liga da Justiça.
Superman: O que aconteceu ao Homem de Aço (1986)
Após o fim do crossover megalomaníaco Crise nas Infinitas Terras, o Universo DC foi rebotado. No entanto, a editora decidiu dar um final digno ao maior herói da Era de Prata dos quadrinhos. A princípio a DC queria que o criador do Homem de Aço escrevesse a história, mas Jerry Siegel não estava disponível. Então a tarefa passou para ninguém menos que Alan Moore e o resultado não poderia ser melhor.
Watchmen (1986 – 1987)
Quem vigia os vigilantes? Essa é a premissa de uma das mais famosas obras de Moore. Nessa HQ publicada originalmente em doze capítulos mensais, Alan Moore e Dave Gibbons subvertem o gênero de super herói e causam uma verdadeira revolução nos quadrinhos.
Batman: A Piada Mortal (1988)
Basta um dia ruim para transformar o mais são dos homens num lunático completo. É isso que o Coringa acredita e é isso que ele quer provar nessa história de Moore, que prova que Batman e seu nêmeses são dois lados da mesma moeda. A arte de Brian Bolland apenas torna essa HQ ainda mais magistral.
Período Independente
Do Inferno (1989 – 1996)
Logo após romper laços com os quadrinhos estadunidenses Moore se voltou para as publicações independentes. Do Inferno é um de seus primeiro trabalhos nessa fase. A história é um relato ficcional acerca dos crimes de Jack, o Estripador. Moore baseou-se na teoria do jornalista Stephen Knight e no romance “Dirk Gently’s Holistic Detective Agency”, de Douglas Adams, afirmando que para solucionar um crime holisticamente, deve-se solucionar toda a sociedade na qual ele ocorreu. A HQ começou a ser escrita em 89 na revista Taboo, mas superou em números de edições a revista e continuou a ser lançada por outras editoras, até ser compilada anos depois em um volume único.
Big Numbers (1990)
Big Number poderia ter sido o trabalho mais ambicioso de Alan Moore, lançado pela Mad Love, editora fundada pelo próprio Moore. A história em quadrinhos desenhada Bill Sienkiewicz, baseada na Teoria do Caos, mostraria as repercussões da construção de um shopping em uma cidade pequena da Inglaterra, sob o ponto de vista de vários personagens. A HQ foi planejada para ter doze edições, contudo, apenas duas foram lançadas e a obra continua inacabada até os dias de hoje.
A Small Killing (1991)
Small Kiling é uma graphic novel de quase cem página escrita por Moore e desenhada pelo artista argentino Oscar Zarate, baseada num argumento de Zarate. A história lançada pela editora VG Graphics trata sobre um publicitário que já foi um idealista, mas se vê assombrado por seu eu mais novo. Além disso, o autor britânico Lance Parkin chegou a afirmar que esse era “o trabalho mais injustamente esquecido de Moore.”
Lost Girls (1991)
Essa série surge com o intuito de Moore de desconstruir a pornografia e fazer com o quadrinhos pornográficos o mesmo que fez com os de super heróis. Portanto, ele escreve um encontro, a poucos meses da I Guerra Mundial ser deflagrada, entre Alice (Alice no País das Maravilhas), Wendy (Peter Pan) e Dorothy (O Mágico de Oz). Onda as moças, agora mulheres feitas, relatam suas vidas, histórias e experiências sexuais. A HQ gerou polêmica com o Great Ormond Street Hospital, instituição que detêm os direitos das histórias de Peter Pan. Essa obra começou a ser publicada também pela revista Taboo e, assim como Do Inferno, suplantou a revista e continuou a ser publicada após a mesma ser encerrada.
Retorno ao mainstream e Image Comics
Spawn (1993 – 1995)
Logo após um período afastado do maisntream Moore volta aos quadrinhos estadunidenses. Quem consegue a proeza de fazer o mago retornar é Todd McFarlane, que convida o escritos britânico para escrever o número #08 de Spawn em 93 e posteriormente a minissérie Violator, desenhada por Bart Sears e lançada entre 94 e 95. Essas edições não são o ponto mais alto da carreira de Alan Moore, muitos fãs até questionam a qualidade do material, mas é importante na carreiro do roteirista por se tratar de seu primeiro trabalho de volta ao mainstream depois de algum tempo.
Supreme (1996 – 1998)
Depois de um período menos fértil com a Image, Rob Liefeld convida o escritor para roteirizar a revista mensal de Supremo, super herói desenvolvido pela Awesome Entretainment, selo de Liefeld dentro da Image. O inglês aceita com uma condição: desconsiderar tudo que já havia feito do personagem e começar do zero, uma vez que ele não considerava as histórias anteriores “muito boas”. Liefeld aceita e Moore desconstrói o personagem criando toda uma nova mitologia, inclusive com Eras de Ouro, Prata e Bronze. Moore ficou na revista da edição #41 até a ediçõa #56, quando a revista foi cancelada, graças a péssima administração de Rob Liefeld. Essa fase completa foi compilada em vários encadernados intitulados de A História do Ano – Era de Ouro, Era de Prata, Era de Bronze e a Era Moderna.
Youngblood (1997 – 1998)
Em 1997, Liefeld encarregou Moore de outra missão, reinventar Youngblood, isto é, uma super equipe que ele mesmo a havia criado em 92 ainda pela Megaton Comics antes de ir parar na Image. Moore começou seus trabalhos com a equipe escrevendo a minissérie Judgment Day e então criando uma nova mitologia para a equipe.
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Wildstorm/America’s Best Comics
WildC.A.T.s (1995 – 1998)
Logo após desentendimentos com Rob Liefeld, outro sócio da Image convida Alan Moore para trabalhar em suas histórias. Jim Lee chama o autor primeiramente para trabalhar com WildC.A.T.s, uma espécie de X-Men da Wildstorm, selo de Lee pela Image. Moore trabalhou nas histórias da equipe entre as edições #21 a #34, fase que foi compilada posteriormente pela DC, que comprou os direitos da Wildstorm.
A Liga Extraordinária (1999 – 2003)
Jim Lee posteriormente concedeu a Moore seu próprio selo, que o britânico nomeou de America’s Best Comics (ABC), – que auto estima, hein? – ou seja, um selo dentro de um selo. A primeira série da ABC foi A Liga Extraordinária escrita por Moore e Kevin O’Neill. A intenção era criar uma espécie de Liga da Justiça da Inglaterra vitoriana, mas usando personagens clássicos da literatura britânica. A série rendeu várias publicações compiladas em três volumes, além de alguns spin-offs.
Tom Strong (1999 – 2006)
Outra trabalho de Alan Moore pela ABC que merece destaque é Tom Strong. HQ escrita por ele e desenhada por Chris Sprouse. A história acompanha o protagonista que dá título a série e é uma verdadeira homenagem a Era de Ouro dos quadrinhos e às pulp fictions. A série contou com 36 edições, compiladas mais tarde em seis encadernados.
Promethea (1999 – 2005)
Em 99 Alan Moore começa outro trabalho de destaque na ABC, enxergado por muitos como o melhor dessa fase. Promethea acompanha a vida da jovem Sofia Bangs, que sofre um reviravolta impressionante após fazer seu TCC sobre a figura mitológica de Prometeia. A série conta com 32 edições que contam com muita aventura, ação e reflexões filosóficas.
Retorno a Independência
Dodgem Logic (2010 – 2011)
Logo após novos desentendimentos com as editoras de quadrinhos Alan Moore rompeu laços e retornou aos quadrinhos independentes. Então, em 2010 lançou Dodgem Logic uma antologia que contava com quadrinhos, artigos e outros textos, sempre com tom irreverente e subversivo. Ao todo foram lançadas oito edições.
Neonomicon (2010 – 2011)
Nesse mesmo período Moore começa a escrever Neonomicon, uma minissérie em quatro partes para Avatar Press. A HQ é uma continuação para uma história de 2003 de Moore chamada “O Pátio”, embora sejam independentes e funcionem muito bem separadamente. Ambientada no universo sobrenatural do escritor H.P. Lovecraft, a trama trata de crimes misteriosos e bizarros, além disso de cunho místico.
Providence (2015 – 2017)
Uma continuação que também serve de prequela para “O Pátio” e “Neonomicon”, expandindo ainda mais a mitologia lovecraftiana. A série contou com doze edições ilustradas por Jacen Burrows, que foram compiladas em quatro encadernados.
Jerusalém (2016)
Jerusalém é o segundo romance do autor inglês e o mais ambicioso trabalho de sua carreira. O livro levou nada menos que dez anos para ser escrito e conta com um total de 1200 páginas. A obra é um quebra cabeças de temas e conceitos desde as visões estasiásticas de William Blake à Teoria do Eternalismo de Albert Eistein. Tudo isso embalado pela brilhante escrita de Alan Moore.
Referências #01 | Principais obras de Alan Moore por ordem cronológica
Confira o vídeo abaixo com o resumo completo:
É isso pessoal, tentamos compilar o máximo possível sem ser cansativo. Em 2019 o escritor britânico anunciou que iria se aposentar dos quadrinhos, então podemos esperar algumas outras obras literárias, mas nenhuma outra grande obra da nona arte. Ou sim, afinal estamos falando de Alan Moore e com o mago inglês tudo é possível.
Mas e aí, curtiu nossa lista com as Principais obras de Alan Moore por ordem cronológica? Sentiu falta de alguma obra? Tem indicações, sugestões, críticas? Então, fala com a gente aí nos comentários.