A nova cara da DC nos cinema

Hoje nós iremos falar sobre a nova cara da DC nos cinema. Qual é essa nova cara? Continue lendo e descubra. Mas antes um disclaimer.

O Ministério dos Spoilers adverte haverão spoilers. Portanto se você ainda não assistiu Shazam e ou Aquaman siga por sua conta e risco.

Como tudo na vida o Universo DC nos cinema, ou o Worlds of DC, tem várias fases. Tivemos o começo mais pé no chão com filmes como Homem de Aço e BvS, a transição conturbada com Esquadrão Suicida e Liga da Justiça. E, por fim, uma nova esperança onde o estúdio (Warner) está dando mais liberdade para os diretores, é o caso de Mulher Maravilha, Aquaman e o mais recente Shazam.

E nessa última leva que encontramos o que os “críticos” de internet adoram chamar de “A Nova Cara da DC nos Cinemas.”

A nova cara da DC no cinema

Os dois últimos longas metragens do universo compartilhado foram um sucesso de crítica e de bilheteria. Muito se deve ao espaço que esses filmes tiveram, não só com relação ao diretor, mas espaço em relação ao restante do universo. Por não serem tão ligados aos outros filmes, essas produções tiveram mais liberdade para criar suas histórias e seus personagens.

E não é só isso, esses dois filmes trazem a nova pegada para a DC nos cinemas. A nova cara da DC nos cinemas, por incrível que pareça é o terror.

Não apenas pelo, mas muito graças ao, fato de os dois diretores terem começado suas carreira e se popularizado graças aos filmes de terror. Fator muito evidente em ambos os filmes.

Terror

Em Aquaman isso é visível na cena do onde Mera (Amber Heard) e Arthur (Jason Momoa) vão para o Fosso, o reino dos Abissais. Aqui podemos toda a carga de terror de James Wan. A cena mais escura, a trilha pesada, o senso de perigo e, é claro, os jumpscare. Porém não é só nessa cena, de acordo com teóricos da internet, se você prestar bem atenção durante o longa poderá perceber que as explosões são uma espécie de jumpscare usadas pelo diretor em momentos chaves. Seja para causar um impacto (perdão pelo trocadilho) no espectador, mudar a direção da história ou tornar a narrativa mais dinâmica, lá estão as explosões funcionando como um “sustinho” no meio da cena.

Em Shazam isso fica mais óbvio. Seja pela abertura, uma versão mais sinistra da origem do heróis que serve para nos apresentar o vilão, ou na incrível cena onde o Doutor Silvana (Mark Strong) adentra o escritório do pai e toca o terror ao lado dos sete pecados, os jumpscares são muito mais marcantes. Mas não só isso, apesar de Shazam ser colorido, divertido e family-friend, existem momentos muito tensos no filme, quer pela presença ameaçadora do vilão – mérito do excelente ator – quer pela atmosfera  densa da Pedra da Eternidade, a marca de David Sandberg está lá.

Muitos tons

Com isso tudo não pretendo dizer que ambos os filmes são de fato “terror”, seria no mínimo tolice. Quero, antes, dizer que, apesar do que dizem as más línguas, a DC não se rendeu a “fórmula Marvel.”

Cada filme possui um tom próprio. Aquaman é um épico visual de aventura, e Shazam é uma comédia sentimental acerca da família.

É de fato uma mudança de direção para a Warner, não em direção ao que a concorrência já faz (muito bem apesar dos pesares) há dez anos. Mas de diversidade, algo refletido até mesmo nas escolhas dos diretores, nada convencionais diga-se de passagem.

Trata-se na verdade de uma escolha pela liberdade criativa, mas sim, isso implica em aceitarmos tudo, desde Shazam até Aves de Rapina e Fantabulosa Emancipação de uma Arlequina. Daí podem sair filmes muito ruins, mas necessários para o desenvolvimento do gênero nos cinemas. Então, só nos resta esperar e torcer por filmes bons.

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